quarta-feira, 17 de março de 2021

Como diferenciar gagueira, disfemia e disfluência

 Por Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP

A fala é um dos principais instrumentos de comunicação dos humanos com o mundo. É claro que existem outras formas de interação, mas qualquer problema com essa função pode causar insegurança tanto em adultos quanto crianças. Por isso, é importante conhecer os diferentes transtornos de fala para saber quais as melhores terapias.

Gagueira, disfemia e disfluência

Muitas pessoas confundem esses termos e acreditam tratar-se de uma coisa só. Entretanto, eles representam tipos de alterações na fala diferentes entre si (tome cuidado também para não confundir problemas de fala com problemas de voz).

 Para você entender melhor essas diferentes alterações, a Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP, lista as principais características de cada uma delas:

 Disfemia

A disfemia normalmente manifesta-se entre os 2 e os 5 anos de idade. “Trata-se de uma característica genética que atinge pessoas de todas as raças e classes sociais. Normalmente, o indivíduo não consegue expressar uma ideia sem repetir algumas sílabas diversas vezes, o que se intensifica quando fica nervoso”, explica Cristiane.

Na maior parte dos casos, os sintomas desaparecem até os 5 anos de idade. “Caso o problema persista mesmo após essa idade, é possível que esteja ligado a alterações cerebrais. Por isso, o ideal é procurar ajuda profissional o mais cedo possível. Geralmente, essa alteração é tratada por um fonoaudiólogo”.

 Disfluência

Pode-se dizer que um indivíduo capaz de falar frases concisas, mantendo ritmo e harmonia, é fluente naquela língua, correto? Mas, quem sofre de disfluência não consegue manter esse ritmo. “Durante o discurso, podem aparecer repetições, alongamentos, apagamentos, inserções, pausas preenchidas, substituições, truncações, pausas silenciosas atípicas, marcadores de edição, erros morfossintáticos, dentre outros. Todos são sintomas de disfluência”, afirma Cristiane Romano.

 “Cada grupo de sintomas desse transtorno está ligado a determinado componente da fala. É claro que qualquer um de nós está sujeito a cometer erros durante um discurso, mas para os portadores de disfluência, isso se torna rotina. É impossível que falem sem recair em alguma dessas dificuldades”.

 Gagueira

O senso comum classifica qualquer transtorno de fala, que tenha como principal característica a repetição, como gagueira. Entretanto, a gagueira é, na verdade, um dos sintomas tanto da disfemia quanto da disfluência.

 Nesta última, segundo a fonoaudióloga, o interlocutor pode ter problemas com repetidos bloqueios, ou seja, interrompe palavra ou frase repentinamente e demonstra grandes esforços para retomar a fala. Também pode ter problemas com interjeições, de modo que insira recorrentemente termos sem sentido ou coerência no meio do discurso.

 “Normalmente, quando o indivíduo se vê diante de uma situação embaraçosa ou desafiadora, esse sintoma tende a se intensificar. Por causa disso, há alguns que se envergonham e se tornam pessoas mais fechadas, evitando interações. Esse não é o melhor caminho, visto que a ajuda médica é eficaz no tratamento do problema”, esclarece Cristiane Romano.

Informações à imprensa

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Flávia Ghiurghi

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quarta-feira, 10 de março de 2021

“Afinal o que as mulheres querem?”

 Por: Natália Marques:

Esta célebre frase foi dita por Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, para mostrar sua percepção do quanto é difícil entender essa entidade chamada Mulher, seus pensamentos e desejos.

Parecemos tão frágeis e ao mesmo tempo fortes, submissas e independentes, decididas e confusas - uma dualidade permanente que nos remete a analisar todos os fatos através de perspectivas diferentes e assim somos seres únicos, especiais e sensíveis.

 Embora ainda exista uma cultura de dominação, onde a mulher se vê prisioneira de dogmas que não respeitam essa sensibilidade, cada vez mais ganhamos espaço para realização pessoal e profissional, com equidade de atribuições e ganhos, mas ainda insipientes.

Agora pergunto: o que seria o mundo sem as mulheres?

Em primeiro lugar, o mundo não existiria, é a mulher que procria, que dá vida a outro ser humano, nesse processo o homem é um coadjuvante. Até hoje, a mulher pode ser substituída em qualquer coisa menos neste processo, mas a ciência pode inventar outra forma não natural.

Se as mulheres resolvessem fazer greve por um dia de seus afazeres, domésticos ou corporativos, o mundo entraria em colapso. O fato é: sua sensibilidade torna o mundo um lugar mais aprazível, nem sempre tão sensato dentro da perspectiva masculina.

 Por não serem compreendidas em seus desejos e pensamentos, ainda são submetidas a supremacias de muitos homens que as desrespeitam e por quem são violentadas, agredidas e mortas.

 No campo corporativo, o número de mulheres que ocupam um alto escalão ainda é diminuto, e os salários, na maioria dos postos de trabalho, ainda são 50% abaixo dos mesmos ocupados por homens. Vale ressaltar que as mulheres negras ainda sofrem maior discriminação e assédio.

 Durante a pandemia, mulheres em relações conjugais com parceiros violentos passaram a ser mais vulneráveis, principalmente pela dependência econômica.

Mulheres sem companheiros e responsáveis pelo sustento e educação dos filhos, durante a pandemia, se viram sem local onde deixar os filhos para continuarem suas atividades profissionais, precisaram se desdobrar ainda mais em suas funções, sejam pessoais ou profissionais.

 Observa-se um movimento, onde companheiros homens, procuram dividir as atividades domésticas e também a educação e cuidados com os filhos. As mudanças estruturais da sociedade ocorrem a passos de tartarugas, que poderão ser sentidas pelas próximas gerações.

 O respeito a mulher só será alcançado efetivamente em uma sociedade mais justa, onde seus direitos possam ter equidade com o sexo oposto, isso passa também por ações governamentais em diversos âmbitos.

 Muitas protagonistas individualmente ou em seus grupos familiares e sociais, buscam uma forma de reverter essa ordem e êxitos foram alcançados ao longo da história da humanidade.

Estamos no mês da mulher, onde podemos comemorar alguns ganhos, mas ainda insipientes, vale lembrar o exemplo ocorrido numa casa legislativa deste País, quando um parlamentar, que mesmo sob a vigilância das câmeras, comete um assédio a uma colega.

 O fato é que embora nem sempre sejamos compreendidas e reconhecidas em nossos papeis, fazemos a diferença para um mundo melhor.

Mulher

sou mulher
sou anjo
sou força
sou coragem
sou luta
sou uma
sou todas
sou sim
sei que sou
sei quem sou
sei quem quero ser
sou quem quero ser
sou mulher

Lorena Arcanjo

 Natalia Marques Antunes - Psicóloga, Coach e Especialista em Resiliência

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Livre-se da voz trêmula em público (e certifique se seu caso não é um transtorno)

 Por Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP

Imagine a situação: você está em uma importante reunião de trabalho e chega o momento de mostrar seu potencial. O assunto é de seu domínio, mas, quando começa a falar, sua voz começa a tremer e fraquejar. Constrangedor? Sim, mas comum também.

De acordo com a Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Voz e Expressividade pela USP e pós-graduada em Gestão e Estratégia de Marketing pela PUC-Minas, a voz trêmula é um sinal recorrente em pessoas que sentem medo, insegurança, ansiedade e nervosismo em determinadas situações.

Entretanto, segundo Cristiane, se a voz fica instável até mesmo em momentos de tranquilidade, nos quais não há motivo para nervosismo, isso pode indicar algum problema fonoaudiológico ou até mesmo neurológico. “Ao observar esse problema diariamente, em situações normais, é indicado procurar ajuda de um especialista, como um fonoaudiólogo ou neurologista”, reforça Cristiane Romano.

Mas, se o problema só aparece diante de ocasiões que geram ansiedade, por algum motivo específico, não há motivo para alarde. “O nervosismo é um dos grandes responsáveis pelo descontrole vocal. Ter calma e segurança ajudam no controle da sua voz e narrativa”.

Para auxiliar seu autocontrole e ganhar confiança, confira as orientações abaixo:

 Saber respirar é essencial para ansiedade

“Em momentos de estresse, a respiração fica rápida e curta, atrapalhando as pausas necessárias. O aumento de oxigenação no cérebro ajuda a diminuir a ansiedade e o nervosismo”, aponta Cristiane Romano.

E para elevar o volume de oxigênio inspirado e melhorar essa oxigenação, é recomendado a respiração diafragmática. “Basta encher o pulmão de ar lentamente, observando o movimento pelo diafragma, prender a respiração por alguns segundos e expirar levemente, em movimento de sopro”.

 Domine seu conteúdo

Se estiver prestes a dar uma palestra, fazer uma apresentação ou um discurso, tenha o assunto na ponta da língua. “Quanto mais conhecimento tiver sobre o tema a ser abordado, mais confiança você terá para transmitir sua mensagem. Por isso, treine, repasse em voz alta, leia para amigos e pense em questões que podem ser levantadas. Além disso, grave seu discurso para que possa identificar falhas”, sugere a fonoaudióloga.

 Utilize material de apoio

Esquecer uma simples frase pode colocar tudo a perder, se o nervosismo tomar conta do seu emocional. Para que isso não aconteça, tenha em mãos anotações, resumos ou pautas do que você vai abordar. Assim, será possível retomar com segurança o assunto, evitando constrangimentos.

 Não se cobre demais

Não se prenda a críticas ou comentários negativos. “Pense na sua apresentação como uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Sobretudo, entenda as chances de falar em público como um exercício que precisa de prática para obter a excelência. O excesso de cobrança em si mesmo pode gerar ainda mais insegurança”.

 Timidez não impede uma boa articulação

De acordo com Cristiane Romano, a timidez é um fator muito citado como problema ao se comunicar em público. Porém, segundo ela, é plenamente possível que uma pessoa tímida possa ser bem articulada ao falar para um número maior de pessoas. Segundo ela, muitos dos maiores oradores são tímidos, o que não impede que façam uma excelente apresentação. Basta treinar a comunicação e a oratória.

 “Falar com segurança e confiança, tendo o controle da situação, pode abrir muitas oportunidades, seja no âmbito profissional ou social”, finaliza a fonoaudióloga, Cristiane Romano.

 Informações à imprensa

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Flávia Ghiurghi

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

A Resiliência no Panorama Atual

 Por: Natália Marques:

 Nada será como antes! O normal passou a ser diferente, nada daquilo que já vivemos ou conhecemos. Cada vez mais o nosso contato com o mundo se dá através da janela de nossa casa, do computador e do celular, porque é isso que o momento nos pede.

Olhando no retrovisor da vida, vemos que o mundo seguia em sua "calmaria", dentro de uma zona de conforto no que já era conhecido, onde tudo fluía, as guerras, as crises políticas e econômicas, o avanço da tecnologia colocando em risco várias profissões, o meio ambiente em degradação.

Em 2019, o Brasil já era manchete, o site de notícias R7 que havia publicado, que de acordo com OMS, no ranking das Américas ocupávamos o segundo lugar, com um número estimado de 12 milhões de brasileiros, com Depressão e Ansiedade (21 de agosto de 2019, site https://esbrasil.com.br/brasil-pais-mais-estressado/).

Como se já não bastasse, no início de 2020, o planeta foi sacudido por um elemento invisível e intangível. O Coronavírus instalou um novo cenário de caos, trouxe um sentimento de impotência diante da falta de controle, da falta de informações, uma realidade que muda a cada novo momento, mas a perda de vidas é incontestável. Como sobreviver a isto?

 A pandemia é um exemplo claro do que é a nossa vida, podemos estar numa calmaria, na zona de conforto, mas sempre aparece uma nova crise com a qual temos que lidar e para a qual temos que estar preparados.

Diante do novo, seja ele bom ou ruim, precisamos ter flexibilidade para fazer uma leitura correta das evidencias da realidade que se apresentam. Para isso, precisamos desenvolver a nossa Resiliência, pois é por meio dela que nos capacitamos para saber agir e buscar as melhores respostas diante de novas adversidades.  

Nós seres humanos temos um organismo complexo e o Estresse é um Sistema que nos protege, ou seja, toda vez que passamos por algo novo do qual temos expectativas, ou acontece algo inesperado, o nosso organismo se prepara acionando para isso um circuito energético e químico através dos hormônios para que possamos dar conta e manter a saúde

Numa linguagem bem simples seria dizer que diante dos estressores cotidianos que podem ser positivos, como o nascimento de um filho, uma promoção no emprego ou negativos como a perda de um ente querido, um feedback negativo no trabalho, isso pode afetar a nossa homeostase que se rompe e precisamos passar pela crise nos recuperar e buscar um novo equilíbrio

Nestes tempos de pós modernidade, aonde o consumo é altamente valorizado e a vida é deixado em segundo plano, não tem saúde que resista a tantos estressores, por isso precisamos aprender a lidar com eles.

Neste momento de Pandemia, as pessoas voltaram para casa e vivem intensamente num espaço restrito de suas casas com seus familiares, enquanto outros foram apartados deles, e a tábua salva-vidas de muitos tem sido as redes, seja para o estudo, o trabalho e os relacionamentos.

Nesse emaranhado, podemos agir pautados pela análise das evidencias e dos riscos, ou guiados pelos nossos sentimentos, o que pode gerar uma distorção e o nosso organismo pode não resistir e daí adoecemos, nesse contexto podem aparecer a Depressão, a Ansiedade, entre outras doenças físicas ou emocionais.

Assim o ser humano vai precisar apreender a lidar com a constância das crises, e para manter a saúde é necessário ter muita Resiliência.

Nesse ponto entra a importância do preparo do profissional de saúde, que precisa estar apto para auxiliar o seu cliente na busca de estratégias para gerenciar o estresse e as adversidades.

É importante lembrar que, o início dos estudos científicos da resiliência datam da metade do século passado e no Brasil à partir da década de 1990, apoiando-se na estrutura da Terapia Cognitivo Comportamental baseada em evidencias.

É muito importante lembrar que as novas tecnologias se por um lado são o anseio para maior comodidade do ser humano, por outro lado ela desumaniza as pessoas causando muitas vezes o afastamento entre elas, por isso use com sabedoria.

Vamos a um fato concreto, quem hoje faz uma ligação ou uma visita sem avisar?

As pessoas se falam pela rede, seja escrito ou por áudio, mesmo que não tenha melhor qualidade que uma ligação comum.

A vídeo conferencia passou a ser a palavra de ordem para um atendimento de saúde, seja médico e psicológico, seja para uma reunião empresarial, até um contrato de compra e venda de imóvel se faz através da vídeo conferência, inclusive a assinatura de contratos não exigem mais a presença física.

O fato é que a pandemia acelerou um processo em curso, empresas colocaram seus funcionários in home no prazo de 24 horas, escolas e professores tiveram que se reinventar, nem sempre com ferramentas adequadas, mas que foram sendo aprimoradas.

Se por um lado as pessoas melhoraram sua qualidade vida por não enfrentarem horas de trânsito para chegarem ao trabalho, por outro lado se isolaram do convívio social e passaram muitas vezes a estender sua jornada de trabalho.

Para muitos o trabalho deixou de ser por horário e passou a ser pode demanda...

O fato real é que os avanços alcançados em termos de tecnologia, não vão mais retroceder e precisamos utilizar com o maior benefício possível em nossas a nossa qualidade de vida.

“É durante as fases de maior adversidade que surgem as grandes oportunidades de se fazer o bem a si mesmo e aos outros”, está frase de Gandhi mostra que toda a adversidade pode se transformar numa oportunidade.

Por tudo isso, acredito que outros profissionais de saúde podem utilizar essas ferramentas para se instrumentalizar e assim obter melhores resultados para seus clientes.

Em 2018 teve início o Grupo de Pesquisa da PAR, Psicoterapia na Abordagem Resiliente, onde se desenvolve um trabalho cientifico no sentido de obter uma metodologia onde se utilizam os Modelos de Crenças Determinantes do Comportamento Resiliente, para que os pacientes possam construir a sua resiliência e criem estratégias de enfrentamento e gerenciamento do estresse e das adversidades.

Através de ressignificar as suas crenças que são Análise de Contexto, Autoconfiança, Autocontrole, Conquistar e manter pessoas, Empatia, Otimismo para a vida, Leitura corporal e Sentido de vida, o paciente pode adquirir maior flexibilidade para lidar com as adversidades.

As respostas dos pacientes atendidos dentro dessa metodologia têm se mostrado bastante eficiente, o que sugere uma nova forma trabalho para os profissionais da Saúde (Médicos e Psicólogos).

Este ano de 2021 a SOBRARE estará lançado o curso de Especialização em Psicoterapia na Abordagem Resiliente, para médicos e psicólogos, as inscrições já estão abertas através do link http://sobrare.com.br/certificacao-par/

Aproveite a oportunidade!

 

Natália Marques
Master Coach, Psicóloga, Especialista em Saúde Organizacional

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Mundo RASO a gente se acostuma a viver uma vida que não quer, a gente se acostuma a ser quem não é.

Por: Marli Arruda:

RASO não é um novo acrônimo inventado pelos americanos, é minha percepção frente as demandas contemporâneas.

 A gente tem se acostumado com tudo que nos chega de forma simples e superficial, dados manipulados, pessoas alienadas e controle sobre nossas vidas.

Muita informação, pouca assimilação, evolução estratosféricas da tecnologia e regressão da ascensão espiritual do ser humano.

Competição, status quo nas redes sociais, pacificação frente aos números de suicídios, feminicídios e afins.

Aquela máxima, o que os olhos não veem o coração não sente, caiu por terra, pois hoje nós vimos e ouvimos sobre isso, mesmo assim o coração não reage.

 Vivemos a cegueira do narcisismo, com fotos e mensagens fakes sobre nós mesmos.

A gente se acostuma com pessoas prometendo felicidade, a gente se acostuma com políticos prometendo soluções, a gente se acostuma a comprar tudo com muitos impostos e não usufruir disto nos serviços essenciais, a gente se acostuma a não valorizar importantes profissões e admirar outras com tanta veemência.  

 A gente se acostuma a relacionamentos superficiais, a gente se acostuma com o uso excessivo das redes sociais, a gente se acostuma com remédios e tratamentos oferecidos como milagrosos para tirar nosso sofrimento, a gente se acostuma com o medo de envelhecer, a gente se acostuma a não conversar sobre morte como um ciclo natural da vida.

A gente se acostuma em ver pessoas morando nas ruas, animais precisando de donos, a gente se acostuma...

 A gente se acostuma com pessoas lendo menos, e “sabendo” mais, a gente se acostuma com o sofrimento e de tanto se acostumar, já não percebemos que estamos acostumados, e assim vivemos escandalizados com tantas manchetes de telejornais e logo estas notícias já serão nosso passado, no presente já estamos acostumados à não o viver, porque estamos ocupados pensando e planejando o futuro.

A gente se acostuma com tudo isso, e muito mais, a gente se acostuma a viver uma vida que não quer, a gente se acostuma a ser quem não é.

 Por isso caro leitor, faço um convite para refletirmos sobre estas demandas do mundo RASO, se estamos perdidos e sofrendo por tudo isso, devemos nos orientar, encontrar um eixo, devemos não nos acostumar com o que nos faz sofrer.

 Sei que não é e não será fácil, tivemos um grande aviso que nada mais será igual como era, precisamos nos reinventar, precisamos encontrar o caminho do meio para continuar de forma mais profunda, com menos ilusão e mais ação para nada continuar como está.

Não se acostume.

Marli Arruda

Psicóloga e Adviser em empresas de diversos segmentos, contribuindo com soluções em projetos estratégicos em Gestão de Pessoas.

Coordenadora editorial do livro Networking & Empreendedorismo

Autora do livro Estratégias em Gestão de Pessoas para colorir seus negócios – Manual prático para engajar equipes. www.marliarruda.com

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

7dicas para se profissionalizar na comunicação virtual

 Por Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP

 De repente, veio a pandemia, a quarentena e, com elas, mudanças na rotina profissional e na forma de comunicação. Reuniões virtuais, lives, webinars e videoconferências se tornaram comuns em diversos setores. Entretanto, nem todo mundo possui habilidade com a comunicação virtual. Tanto na questão operacional, mas, principalmente, no quesito familiaridade.

Apesar de já ser comum há tempos, muitas pessoas não têm o hábito ou até não gostam de conversar por vídeo. Mas, com a nova realidade, se tornou inviável não aderir à comunicação digital. Para ajudar a driblar o desconforto x necessidade, confira essas 7 estratégias que irão trabalhar sua expressividade, melhorando três pontos fundamentais: voz, postura e conteúdo. 



Tenha objetividade e clareza

Quando falamos de mídia digital, é fundamental ser objetivo e passar a mensagem de forma clara, lembrando que seu discurso pode ser óbvio para você, mas não para quem te assiste. Antes de elaborar seu vídeo, tenha em mente as respostas das seguintes perguntas: Qual é o meu público? Quais os desafiosda minha audiência? O que eles esperam de mim? Como eu quero que este vídeo impacte as pessoas? Com essas respostas, fica mais fácil partir para a escolha do vocabulário e conteúdo. E sempre avalie se este conteúdo condiz com o que você pretende, seja informar, vender ou ensinar.

 Atente-se ao aquecimento vocal

A forma como você usa a voz pode mudar completamente a sua mensagem. Para transmitir credibilidade, module sua voz de acordo com o conteúdo a ser passado. Cuide dela também. Antes de iniciar um vídeo ou uma reunião online, faça aquecimento vocal, para que sua emissão seja suave e, ao mesmo tempo, sem soprosidade (ar na voz). Confira alguns exercícios de aquecimento vocal:

- Inspire e produza uma vibração com a língua, em "Trrrrr", soltando o ar e sentindo a vibração da língua no céu da boca, sempre retraindo o abdome devagar e controlando o ar.

- Inspire e faça uma vibração com os lábios, em "Brrrr", até o ar acabar, trabalhando o abdome também.

- Inspire e emita o som "DZ", com a ponta da língua encostada nos dentes da frente na parte superior. Faça até o ar acabar, sem esquecer de trabalhar o abdome. 

 Pratique a respiração

Jamais pareça ofegante em uma conversa virtual. A sensação que transparece é de cansaço ou ansiedade. Para trabalhar a respiração, faça leituras, puxando o ar levemente pelo nariz (o abdome irá expandir, deixando pescoço e ombros sem movimentos bruscos). A medida que você fizer a leitura, o ar sai pela boca, e o abdome vai murchando sem esforço. Vale praticar esta técnica também:

- Deite de costas e coloque um livro sob sua barriga.

- Procure inspirar (pelo nariz) e expirar sem movimentar muito o livro.

- Imagine que o seu diafragma seja uma bexiga que você deva encher, inspirando como se estivesse cheirando uma flor.

- Para expirar, solte o ar como se estivesse soprando uma vela.

 Trabalhe a expressão corporal

A comunicação não verbal é um recurso imprescindível que complementa a mensagem, como a expressão facial, por exemplo. O rosto é a parte do corpo que costuma ficar mais exposta no vídeo. Por isso, explore, com bom senso, o olhar, o meneio de sobrancelha, o sorriso e qualquer outro recurso que esteja no contexto do assunto. E utilize os movimentos de mãos e braços sutilmente. Mas, se estiver com os músculos contraídos, seu desempenho será afetado. Por isso, faça estes exercícios de relaxamento:

- Gire a cabeça para o lado direito e para o lado esquerdo.

- Movimente a cabeça para cima e para baixo.

- Faça caretas, procurando usar todos os músculos do rosto.

 Cuidado com dicção e pronúncia

Para expressar bem, é preciso treinar voz e dicção. Realizar leituras em voz alta ajudará a perceber seus vícios de linguagem, bem como pronúncia inadequada e erros de concordância. Atente-se ao falar de forma clara e precisa, articulando todos os fonemas. Cuidado para não parecer artificial. Os movimentos de uma boa articulação devem ser naturais, sem exageros, como não abrir a boca demasiadamente, por exemplo.

 Foque nas palavras-chave

Enfatize as palavras de maior valor, ou seja, aquelas que você quer fixar na mente do público e relacioná-las a sua imagem. Por exemplo, se seu objetivo é dar dicas sobre emagrecimento, reforce as palavras-chave, como emagrecer, peso, dieta, exercícios, entre outras que remetam ao tema central.

Na introdução, as três primeiras frases precisam ser de impacto e responder a dor, ou seja, a necessidade da pessoa em lhe assistir até o final. Aposte também nas perguntas reflexivas, que despertam curiosidade e motivam a audiência.

 Aposte em um script

Um roteiro bem feito, alinhado com seu tema, será de grande suporte para você não se perder, seja em uma videoconferência, uma live ou um webinar. Vale lembrar que a expressividade será o seu diferencial. Pratique-a e potencialize seus recursos e suas qualificações. A partir do momento em que você se expõe virtualmente, todos os itens acima devem ser trabalhados minuciosamente, para garantir solidez e confiança em tudo o que você transmitir.

 Informações à imprensa

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Flávia Ghiurghi

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