quarta-feira, 24 de abril de 2019

Incentivos para empresas crescem em 2019


Por: Vinicius Rodrigues

O ano de 2019 começou com o mercado financeiro agitado para pequenas e médias empresas no Brasil. Com os conflitos políticos envolvendo a reforma da previdência, posse do novo ministro da educação (Abraham Weintraub), reajuste da previsão do PIB para 2,1% e novidades do mercado internacional, como o lançamento da velocidade 5G na Coréia do Sul, muitas são as "modificações" de bancos, empresas e instituições intermediárias no Brasil.
Vemos hoje que o fomento de novas empresas (especialmente startups) tem surgido com força a fim de alavancar negócios que contemplam três principais características: inovação, abrangência e escalabilidade. Empresas como Kavod Lending e Omiexperience (ambas fintechs) receberam incentivos financeiros através de programas de aceleração, junto a outras 21% de fintechs brasileiras que atuam com créditos, financiamentos ou cessão de parte da empresa em troca de investimento.
Para pequenas e médias empresas que necessitam daquele recurso para sair do vermelho, ampliar a produção ou expandir o negócio existem canais com o intuito de estimular a captação de crédito e auxiliar estas empresas, como o projeto Lift (laboratório de inovações financeiras e tecnológicas) do Banco Central voltada para projetos de inovação tecnológica voltada para o mercado financeiro. Outra plataforma são as rodadas de captação de investimentos, na qual a startup norte americana Escale acaba de captar R$ 87 milhões com fundos de investimento, realizada pela QED Investors (investidora na Nubank) em parceria com Kaszek Ventures da Global Founders e Redpoint e. Ventures.


Também em altas mudanças no mercado os bancos privados entenderam que a correção monetária, redução da taxa de juros para concessão de crédito pelos empresários (especialmente MEI e ME), e programas de incentivo fiscal tem atraído grande público, como é o caso do Bradesco, Itaú e Santander para este ano.
A expectativa com um ano mais promissor é alta, porém duas coisas devem acontecer: consolidação de assuntos políticos (reforma de previdência, nova lei tributária e incentivo fiscal para pequenas empresas) e remodelagem de negócios "tradicionais", como o caso da big de tecnologia, Apple.

VINICIUS RODRIGUES
CEO da You Up Consultoria, Consultor de Finanças e negócios, mentor e jurado de startups no Facebook, palestrante e comentarista de negócios e empreendedorismo na Rádio Exclusiva FM

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quarta-feira, 17 de abril de 2019

Com as empresas se adaptando a Indústria 4.0, como será o profissional da 4ª Revolução Industrial ?

Por: Cristian Machado de Almeida

Um novo perfil profissional irá aparecer com a 4ª Revolução industrial. Para se trabalhar no chão de uma fábrica digital, será preciso desenvolver novas competências.
Com a rápida automatização dos processos e de máquinas junto com a Internet das Coisas (IoT), as empresas começam a ter um novo modelo por todo o mundo.
A indústria 4.0 irá mudar radicalmente suas linhas de montagem, e cada vez mais começarão a produzir produtos inovadores e customizados para seus clientes em um futuro cada vez mais próximo.Dentro dos processos produtivos estarão presente no dia a dia dos colaboradores muito mais robôs, e com isso mudará o perfil dos profissionais, pois além de saber trabalhar com as máquinas estes também atuarão de forma colaborativa junto com os robôs, estas serão algumas das características que as Indústrias procuram nos profissionais.
Em uma pesquisa realizada pela Consultoria Roland Berger estimou a escassez de mais de 200 milhões de trabalhadores qualificados no mundo, nos próximos 20 anos.
Um dos principais motivos para esse cenário é a necessidade de cada vez mais ter uma mão de obra qualificada, seja nos processos produtivos ou administrativos. Isso não significa que os colaboradores serão eliminados das linhas de produção ou dos escritórios, estes em muitas empresas ficarão concentrados em tarefas estratégicas e no controle de projetos desde que acompanhem as mudanças e busquem as especializações necessárias.
tecnologia
Com todas essas mudanças, qual será o impacto na vida dos profissionais? Para que tenhamos uma visão melhor sobre essas mudanças podemos olhar para a Alemanha onde a 4ª revolução Industrial está muito mais avançada.
Uma estimativa realizada pelo Boston Consulting Group (BCG) indica que o número de empregos devem aumentar 6% nos próximos dez anos. A demanda por funcionários no setor de engenharia mecânica deve subir ainda mais, cerca de 10%. A expectativa no geral é que sejam criados cerca de 960 mil postos de trabalho, principalmente nas áreas de TI e de desenvolvimento de software.
O Brasil ainda caminha a passos lentos a caminho da Indústria 4.0, porém é um assunto que desperta e muito o interesse não somente dos profissionais que atuam nas fábricas, mas também de muitos jovens que olham para esse caminho como um grande desafio.
Se nos últimos anos o interesse dos jovens não estavam voltados a indústria, com esse "renascimento" das indústrias no geral e com elas se adaptando a Indústria 4.0 os jovens poderão olhar para elas com um olhar desafiador. Não somente os alunos mais aqueles profissionais que ainda pretendem se manter nas indústrias, e tem o interesse crescente em entender essa convergência entre informação, TI, eletrônica e hardware terão um grande campo pela frente.
Com esse cenário, quem quiser conquistar espaço nas fábricas do futuro deverão desenvolver novas habilidades, dentre a mais comum será preciso aprender a trabalhar lado a lado com robôs colaborativos para aumentar a produtividade, com isso no dia-a-dia trará mais espaço para exercer funções mais complexas e criativas.
Este profissional não será responsável apenas por exercer uma parte específica de um linha de montagem, mas por todo o processo produtivo. É preciso estar aberto a mudanças, ter flexibilidade para se adaptar às novas funções e se habituar a uma aprendizagem multidisciplinar contínua.
Muitos especialistas afirmam que ter uma visão multidisciplinar não significa que o conhecimento técnico perdeu importância no currículo, muito pelo contrário uma formação acadêmica na área de Engenharia, na área de T.I é importante, mas não será suficiente, isto por que as competências aprendidas em uma graduação valem a cada ano menos tempo.
Será preciso se especializar em diversas frentes e conhecer um pouco mais de cada coisa e claro gostar de tecnologia, de inovação e principalmente de ter curiosidade para aprender e acompanhar uma indústria que sempre se reinventa.
Como dito por Charles Darwin "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta as mudanças"

Cristian Machado de Almeida
Formado em engenharia de Produção e Pós Graduação em Indústria 4.0.
Industrial Business Development na Nova Fase Tecnologia.
Membro do Grupo de Estudos de Direito Digital e Compliance na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo-FIESP
Representante Comercial do Festival Internacional de Tecnologia e Comunicação.

Linkedin: https://www.linkedin.com/in/cristian-machado-de-almeida-510b8759/

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quarta-feira, 10 de abril de 2019

Comportamento – Atenção Plena

Por Lúcia Renata

Olá a todos! Nesse mês vamos falar sobre atenção plena?
Hoje em dia se fala muito de mindfull, atenção plena, aqui e agora, estado de presença...
O que é atenção plena?
Para alguns autores como Eckhart Tolle – autor do livro “O poder do Agora", Danny Penman e Mark Williams – autores do livro “Atenção Plena”, Venerável Bhante Hene pola Gunaratana – autor do livro “A Meditação da Plena Atenção”, George Ivanovich Gurdjieff – autor de vários livros o mais conhecido é “Fragmentos de um ensinamento desconhecido”.
Em todas as colocações verificamos uma máxima que é concentração em si mesmo, a auto análise da própria respiração, dos pensamentos que vem e vão, a paz que isso trás, a tranquilidade de compreender o seu próprio poder de observação, o estado de relaxamento corporal e mental, trazendo a atenção para o seu dia-a-dia.


Já sabemos que para se criar um hábito o cérebro precisa da prática por 21 dias consecutivos. O ideal é seja praticado todos os dias no mesmo horário, caso não seja possível que seja feito, a quebra dessa prática é preciso voltar ao começo.
Observe o que acontece com seu corpo, mente e sentimentos ao se colocar em atenção plena, eu gosto de indicar aos meus clientes que anote, em um caderno, para que seja analisado posteriormente.
É provável que nos primeiros dias você não perceba uma mudança tão visível, e isso é de pessoa para pessoa, o importante é praticar e não se cobrar pelos resultados, apenas aproveite o momento.
Ao decorrer dos 21 dias da prática, você irá obter mais atenção nas suas percepções.
O ganho disso?
Alta percepção dos seus sentimentos e comportamentos e uma memória mais ativa e consciente, sem aquela “falsa” sensação de esquecimento. Uma atenção mais presente e com o foco definido e melhor índice de produtividade das atividades diárias.
Essa é uma prática pessoal e que pode colaborar tanto para o pessoal quanto para o profissional, boas equipes se beneficiam grandemente dessa prática.
Se você é líder aposte nessa prática diária para seus colaboradores, fornecendo uma melhora na produtividade e na comunicação pessoal e interpessoal.
Gostou? Comece hoje mesmo.

Boa reflexão e até a próxima.

Vem ser feliz AGORA! 
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Dúvidas? Contate-me!
Lúcia Renata
Career & Life Coach – Terapeuta Holística – Master Practitioner PNL – Analista Comportamental Neurosistêmico e Eneagrama das Personalidades
www.luciarenata.com.br

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Economics 101: os equívocos da teoria neoclássica

Sempre gostei da teoria neoclássica como uma primeira aproximação para se entender o funcionamento de uma economia. O problema é que para realmente compreender o mundo como é precisamos de teorias muito mais potentes e sofisticadas. Deixo aqui 6 exemplos do que estou falando.
O primeiro é a economia de coelhos (de trigo ou de peixes). Se vc poupa mais coelhos ao invés de comê-los eles se reproduzirão e vc terá mais coelhos no futuro. Na economia real máquinas e fábricas não são coelhos. Quando as pessoas poupam os recursos não gastos vão parar no banco. Se ninguém tomar emprestado esses recursos para construir máquinas e fábricas não haverá investimentos. O aumento de poupança não reduz a taxa de juros, que é o preço da liquidez. Keynes mostrou tudo isso com clareza lá em 1936!
O segundo exemplo que gosto é da teoria das vantagens comparativas. Basta se especializar no que vc é bom (em Termos absolutos ou relativos) e os “ganhos de comércio” trarão benefícios enormes! Se vc é bom em lavar louça coloque foco nisso. Não tente fazer outras coisas! SQN! Krugman e os economistas estruturalistas mostraram que se especializar em atividades com retornos crescentes de escala faz toda diferença. A abertura comercial não vai integrar automaticamente e beneficamente nossa economia nas “cadeias globais de valor” trazendo bem estar ao país.
Terceiro exemplo: tratar economia internacional em termos de poupanças: Alemanha, China e Japão “poupam muito” e por isso tem superavit em conta corrente! Errado! Esses superávits decorrem de uma estrutura produtiva altamente complexa e sofisticada que abastece o mundo inteiro de bens manufaturados e gera enormes lucros (“=poupança”)! De novo aqui os economistas estruturalistas mostram milhares de evidências empíricas.
O quarto exemplo tem a ver com características idiossincráticas de determinados setores. A industria, por exemplo, é um setor especial, por que? A resposta é simples: a atividade industrial tem mais espaço para inovação, automação e economias de escala e escopo. Mais do que os serviços pessoais e a agricultura. Os serviços sofisticados ou empresariais também apresentam mais oportunidades de escala e inovações tecnológicas.
Os ganhos relevantes de produtividade de uma economia vem desses dois setores: indústria + serviços empresariais. Não é uma questão de ser contra ou a favor da indústria. Trata-se de uma “lei econômica” como muito bem identificou Adam Smith em 1776. Atividades com maior divisão do trabalho apresentam maior possibilidade de economias de escala e de aumentos de produtividade. É uma propriedade física do processo produtivo. Podemos gostar ou não da lei da gravidade, mas que ela existe, existe. Ninguém vai se jogar de um prédio por não gostar da lei da gravidade!
Para ser justo aqui vale destacar aqui que alguns economistas neoclassicos notaveis trataram com rigor essa questao dos efeitos dos retornos crescentes na economia: Stigler, Lionel Robbins, Armen Alchian, Paul Romer, por exemplo.
Quinto exemplo: educação. Se um país investe em educação empresas sofisticadas vão brotar, o capital humano vai aumentar e a renda vai subir! Não! Sem indústria, sem setor produtivo bom não adianta nada investir em educação: o resultado imediato será perda de cérebros para o exterior (brain drain) ou super qualificação para tarefas não produtivas e precárias (motoristas de uber). A educação sozinha não dá nada!
Sexto exemplo: impressão de moeda gera inflação. Basta olhar o Japão desde 1990. Eua, Europa, Reino Unido, Suíça, entre outros desde 2008: bases monetárias explodindo e nada de inflação. Tudo empoçado em liquidez em caixa de empresas, bancos, etc! Nunca se imprimiu tanto dinheiro nos EUA, a inflação por lá está no nível mais baixo de décadas; aliás grande preocupação do FED. Acreditar que impressão monetária gera necessariamente inflação significa ignorar os canais de crédito, confiança, demanda por liquidez e demanda por ativos. No caso americano a liquidez criada está levando a bolhas de ativos ou entesouramento de liquidez; ou seja, pouca ativação do sistema econômico.
O mainstream não consegue entender essas coisas! Será tão difícil assim?


Paulo Gala
Professor de Economia da FGV/EESP
Twitter @paulogala