terça-feira, 8 de março de 2022

Nenhum direito a menos

Por: Natália Marques:

O que temos a comemorar neste dia 08 de março, dia da mulher?

Temos que comemorar que estamos atentas a cada um dos nossos direitos como seres humanos, mas ainda muito vulneráveis diante das vistas dos opressores visíveis e invisíveis.

A sociedade em geral tem lançado uma luz sobre a violência doméstica, bem como a falta de reconhecimento no campo profissional, embora caminhamos a passos de tartaruga.

Com a pandemia vimos avançar os números registrados de violência doméstica, e também os feminicídios, mas os canais para denuncia e acolhimento dessas mulheres vítimas tem aumentado, e a rede de comunicação para que elas se pronunciem tem se expandido.

Quando olhamos ao longo da nossa história no Brasil, somente a partir de 1827, as meninas, foi dado o direito de cursar além da escola fundamental; e em 1879 foi permitido as mulheres cursarem uma faculdade; apenas em 1932 pode exercer o direito de votar.

Até 1974, pasmem, apenas os homens podiam ter cartão de crédito. Somente em 1979 foi permitido a mulher colocar uma chuteira e praticar o esporte Futebol. Apenas na Constituição promulgada em 1988 a mulher foi declarada com direitos iguais aos homens.

Estes dados são assustadores, ainda mais quando vemos que no mundo corporativo, precisaremos de dois séculos para alcançar equidade salarial de gênero.

Todos reconhecem que a mulher tem as mesmas competência que os homens, e em alguns quesitos acrescida de sua sensibilidade, mas na hora da contratação, ainda se faz sentir a discriminação de gênero.

Quando se trata de mulher negra, as discriminações e opressões são ainda maiores, os canais para as denúncias se multiplicam.

Algumas atitudes que a sociedade pode ter para alcançar alcançarmos maior respeito:

- Divisão nas tarefas domésticas e no acompanhamento da educação dos filhos;

- Apontar e denunciar atitudes machistas e racistas;

- Estar atento a violência contra a mulher;

- Apoiar mulheres a ocuparem cargos de destaque dentro das empresas e na política;

- Seleção com imparcialidade e salários iguais;

- Educar para uma sociedade mais justa.

Para transformar a realidade, toda sociedade precisa estar atenta, porque não é uma disputa de gênero, mas sim que reescrever essa história, e uma voz que não quer calar é que “nenhum direito a menos” deve existir entre os diferentes gêneros.

Natalia Marques - Psicóloga Clínica, Coach e Palestrante

Especialista na Psicoterapia na Abordagem Resiliente

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Psicóloga / Coach / Palestrante

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Mundo RASO

 Por: Marli Arruda:

a gente se acostuma a viver uma vida que não quer, a gente se acostuma a ser quem não é.

RASO não é um novo acrônimo inventado pelos americanos, é minha percepção frente as demandas contemporâneas.

A gente tem se acostumado com tudo que nos chega de forma simples e superficial, dados manipulados, pessoas alienadas e controle sobre nossas vidas.

Muita informação, pouca assimilação, evolução estratosféricas da tecnologia e regressão da ascensão espiritual do ser humano.

Competição, status quo nas redes sociais, pacificação frente aos números de suicídios, feminicídios e afins.

Aquela máxima, o que os olhos não veem o coração não sente, caiu por terra, pois hoje nós vimos e ouvimos sobre isso, mesmo assim o coração não reage.

Vivemos a cegueira do narcisismo, com fotos e mensagens fakes sobre nós mesmos.

A gente se acostuma com pessoas prometendo felicidade, a gente se acostuma com políticos prometendo soluções, a gente se acostuma a comprar tudo com muitos impostos e não usufruir disto nos serviços essenciais, a gente se acostuma a não valorizar importantes profissões e admirar outras com tanta veemência.  

A gente se acostuma a relacionamentos superficiais, a gente se acostuma com o uso excessivo das redes sociais, a gente se acostuma com remédios e tratamentos oferecidos como milagrosos para tirar nosso sofrimento, a gente se acostuma com o medo de envelhecer, a gente se acostuma a não conversar sobre morte como um ciclo natural da vida.

A gente se acostuma em ver pessoas morando nas ruas, animais precisando de donos, a gente se acostuma...

A gente se acostuma com pessoas lendo menos, e “sabendo” mais, a gente se acostuma com o sofrimento e de tanto se acostumar, já não percebemos que estamos acostumados, e assim vivemos escandalizados com tantas manchetes de telejornais e logo estas notícias já serão nosso passado, no presente já estamos acostumados à não o viver, porque estamos ocupados pensando e planejando o futuro.

A gente se acostuma com tudo isso, e muito mais, a gente se acostuma a viver uma vida que não quer, a gente se acostuma a ser quem não é.

 Por isso caro leitor, faço um convite para refletirmos sobre estas demandas do mundo RASO, se estamos perdidos e sofrendo por tudo isso, devemos nos orientar, encontrar um eixo, devemos não nos acostumar com o que nos faz sofrer.

Sei que não é e não será fácil, tivemos um grande aviso que nada mais será igual como era, precisamos nos reinventar, precisamos encontrar o caminho do meio para continuar de forma mais profunda, com menos ilusão e mais ação para nada continuar como está.

Não se acostume.


 Psicóloga estrategista em gestão de pessoas atua em empresas de diversos segmentos.

Escreve para blogs e revistas sobre comportamento humano e participa de alguns programas de rádio e tv.

Coordenadora editorial do livro Networking & Empreendedorismo

Autora do livro Estratégias em Gestão de Pessoas para colorir seus negócios – Manual prático para engajar equipes. www.marliarruda.com

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

TALENTO X RECONHECIMENTO MENSAGEM AO MERCADO

 De: Helcio da Costa:

   De um artigo do site “Brasil de Fato”, extraímos o seguinte sobre Vincent Van Gogh: Nascido em 1853, holandês. Um dos maiores expoentes da expressão artística denominada pós-impressionismo (passou a ser considerado assim após sua morte). Foi um artista autodidata e de pouca formação oficial. Em um período de dez anos (1880 a 1890) criou cerca de 2500 peças de arte, incluindo 900 pinturas, 1600 esboços ou desenhos. Tentou sem sucesso, várias carreiras, e só começou a pintar aos 27 anos, e só conseguiu material de trabalho com a ajuda de seu irmão mais novo Theo. Foi diagnosticado com sintomas que levavam a crer que sofria de transtornos mentais. Durante toda a sua vida ele só vendeu uma de suas obras, morreu pobre e sem reconhecimento. Hoje, tanto tempo depois de sua morte seu nome é aclamado e suas obras valorizadas.

Utilizo-me da breve história de Van Gogh narrada acima, para falar sobre um tema que se reveste de grande importância no mercado de trabalho no contexto atual: Talento X Reconhecimento.

Que o mercado de trabalho necessita de talentos, é questão indiscutível. Mas, é preciso abrir questionamentos sobre como o mercado identifica e contrata esses talentos. O mercado procura:

 ● Profissionais com formação, e não basta ter o diploma, é preciso que tenha estudado em uma Instituição renomada.

 ● Profissionais com experiência, que tenham passagens bem sucedidas em outras empresas ou instituições.

 ● Profissionais com perfil empreendedor, que demonstrem iniciativas de sucesso com o público alvo.

 ● Profissionais capazes de solucionar problemas, captar recursos, de vender seus produtos.

 ● Profissionais que tenham saúde física e psicológica inabalável, para que possam prestar seu serviço.

Assim como não conseguiu vaga no mercado em seu tempo, Van Gogh seria segundo os critérios atuais de escolha rejeitado pelo mercado nos dias de hoje. Isso mesmo, o mercado atual (o da Arte e da Cultura) fatura alto com as obras de Van Gogh, mas se ele estivesse hoje, na condição de um desconhecido batendo a porta, pelos critérios do mercado do nosso tempo ele não teria nenhuma oportunidade. – Ah, mas hoje Van Gogh é reconhecido! – Sim, hoje Van Gogh é reconhecido, depois de morto! – Sim, hoje Van Gogh é reconhecido, mas, será que o mercado (não só o da Arte e da Cultura) mas todos os setores do mercado, aprendeu alguma coisa com a história dele? – Parece-nos que não! Como eu disse, pelos critérios do mercado (alguns deles listados acima) Van Gogh estaria fora da lista de contratação e da lista de investimentos.

Parece que estou dizendo que os critérios de seleção do mercado estão errados? – Pode parecer, mas eu não estou dizendo isso, o que eu faço questão de afirmar é que o mercado não pode ficar “engessado” nos critérios e procedimentos que são praticados na seleção de pessoas para contratação ou para fazer investimentos.

O mercado precisa de talentos, então o mercado precisa entender que talentos, grandes talentos fogem a um padrão estereotipado, e costumam ser invisíveis ao olhar do mercado pela ótica de seleção que hoje predomina. Então, se o mercado quer encontrar talentos, precisa desenvolver a arte de enxergar talentos – como seria essa arte de enxergar talentos? Proponho que seja a arte de olhar com a alma e enxergar com a alma. A arte de entender que certas coisas não se adquirem ao receber o diploma. A arte de entender que alguém pode fracassar em mil coisas, mas ser genial em uma coisa. A arte de entender que uma pessoa pode não ter um perfil físico e psicológico desejável, mas mesmo assim ter capacidades incríveis. A arte de entender que para um talento se manifestar é preciso que haja oportunidade. A arte de entender que aquilo que não se pode ver no currículo pode ser visto quando é dada oportunidade.

Alguém pode questionar que um verdadeiro talento vai se destacar, se fazer reconhecer, mas não é bem assim, a verdade é que talentos podem ser postos de lado quando o mercado não está pronto para enxerga-los. Será que o mercado de hoje está nesse caminho de rejeitar talentos que talvez no futuro terão homenagem póstuma? Será que o mercado de hoje está nesse caminho de rejeitar talentos cujo trabalho será descoberto no futuro e gerará ganhos para outra geração? Será que pela falta de visão do mercado, muitos talentos não vão morrer no anonimato e sua obra morrerá com eles, e o mundo jamais poderá desfrutar daquilo que esses talentos tem a oferecer?

Que as obras de Van Gogh tenham hoje o devido reconhecimento, é uma luz que brilha para iluminar o entendimento do mercado de nossos dias, para que erros do passado não sejam repetidos hoje.

Há muitos talentos em busca de um lugar no mercado, o mercado pode aprender a enxerga-los. Mas, não sou eu que vou criar parâmetros para que o mercado possa enxergar esses talentos, apenas uso aquilo que sei fazer: Enxergar um pouco mais profundamente, e deixo aqui minha mensagem para o mercado de trabalho.

 

 Helcio da Costa

 Especialista em Segurança

 Palestrante (comunicador de ideias)

 Consultor (pronto para colaborar)

 Contatos: WhatsApp: (31) 98800-9893 – E-mail: helcio@yahoo.com

 Rede social: LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/helcio-costa-63821967/

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

CRISE E OPORTUNIDADES

Por: Antonio Santos

1 - Como encontrar oportunidades em tempos de crise?

Os momentos de crise, como o que vivemos atualmente, impactam as empresas e o setor econômico dos países de diversas formas. Porém, vale lembrar que nessas horas também aparecem as maiores oportunidades, e as organizações que conseguem se adaptar rapidamente são as que saem mais fortes após o período de turbulência. Mas, afinal, como encontrar oportunidades em tempos de crise?

Em tempos de crise é preciso ir além, inovar, buscar novas experiências e olhar para aqueles que estão triunfando. Mais do que isso, é preciso identificar oportunidades em meio às fragilidades econômicas pois superar não é uma escolha, é uma necessidade atual.

Os períodos de crise são momentos propícios para as empresas evoluírem. Essas situações estimulam a inovação para vencer os desafios e a diferença diante de cenários desfavoráveis. Em casos mais críticos, as empresas necessitam repensar a sobrevivência do próprio negócio. Estimular os funcionários e colaboradores, trazer a equipe para junto de si, motivar e apostar no crescimento orgânico.

Para isso, é preciso garra, determinação, empenho, energia, vontade de trabalhar e de mudar. Cada vez mais, precisamos de pessoas que queiram fazer a diferença.

Apostar em um planejamento estratégico nos dias atuais, levando em conta que passamos por um processo de instabilidade financeira, se tornou ferramenta imprescindível para o sucesso de uma organização. Ele se traduz em medidas que a organização irá tomar para enfrentar ameaças e aproveitar as oportunidades. Portanto, o planejamento estratégico pode significar a sobrevivência no amanhã, pois as mudanças econômicas, sociais, tecnológicas e políticas ocorrem numa certa velocidade e precisamos acompanhá-las com firmeza.

Para acompanhar todas as transformações da sociedade, é necessário acreditar piamente na inovação e investir no aumento da produtividade. Criar novas formas de renda, desenvolver novos produtos ou serviços, cortar gastos desnecessários e reinvestir de forma consciente e com um objetivo definido.

Criar diferenciais é primordial para quem se arrisca em qualquer mercado e, em momentos de crise, a inovação segue como um caminho natural para as empresas evoluírem.

Temos a inexorável capacidade de nos adaptar ao meio em que estamos inseridos, e isso engloba as crises pelas quais passamos ao longo da história. Quem não se adapta, corre o risco de ficar fora do jogo.

2 - Quais foram algumas das oportunidades surgidas na crise de 2008.

Os danos causados pela crise de 2008 foram os piores possíveis, devido ao colapso financeiro que se iniciou nos Estados Unidos com a falência do banco norte-americano Lehman Brothers.

Na ocasião, as pessoas não tiveram condições de pagar suas hipotecas e, por isso, muitos precisaram sair de suas casas; grandes marcas da indústria fecharam suas portas; os preços dos alimentos dispararam e houve desemprego em massa.

Por outro lado, a demanda que apareceu em função da falta de recursos no mundo impulsionou o surgimento da chamada shared economy, ou seja, a economia de compartilhamento. Empresas como a Uber e o AirBnB, que hoje são referências mundiais, nasceram da oportunidade encontrada em meio aos problemas.

A Uber, por exemplo, surgiu porque muitas pessoas estavam desempregadas e seus carros estavam parados em casa. O AirBnB já é a maior rede de hospedagem do mundo e não possui um quarto sequer em seu patrimônio.

A tecnologia foi o que possibilitou implementar um sistema completamente novo de colaboração promovendo acesso e possibilidade de consumo represada em mercados que estavam morrendo.

No entanto, essas mesmas marcas que foram disruptivas na década passada também vão precisar se reinventar. Até elas sentira fortemente os efeitos da pandemia do coronavírus, já que a tendência é que as pessoas fiquem mais em casa. A AirBnB teve de demitir 50% de sua força de trabalho e Uber teve uma redução drástica no consumo dos serviços ofertados.

3 - Como sair mais forte dessa situação?

De fato, o momento é de insegurança, incerteza e muita ansiedade. Contudo, é preciso parar para pensar em como sair mais forte dessa situação. Uma das formas de fazer isso é analisar como será o mundo pós pandemia.

O COVID-19 não atacou somente a saúde das pessoas, ele atacou também a base estrutural da sociedade, causando problemas sociais e econômicos.

Portanto, é importante ter uma visão holística de todas as suas consequências para criar um planejamento, priorizar esforços e recursos para a melhor tomada de decisão.

Nossa empresa, por exemplo, está proporcionando aos empresários uma forma mais moderna e dinâmica dos serviços home office. Nosso objetivo é que o gestor foque toda a sua energia e recursos no objeto do seu negócio, enquanto nós nos preocupamos com a gestão e os serviços administrativos, financeiros, contábeis e TI, além de assessoria jurídica para que a empresa possa estar sempre dentro das normas legais, ambientais e de sustentabilidade.

4 - Quais são os principais fatores que já resultaram em mudanças de comportamento da sociedade?

Insegurança em relação a investimentos, principalmente os de maior risco;

Possível aversão à aglomerações e locais cheios de gente;

Maior exigência por eficiência e rapidez por parte do atendimento das empresas.

Nessa última questão podemos observar nossa própria reação quando vamos a um restaurante, desses que atendem “A La Carte”. Antes dessa pandemia, íamos a esse restaurante e esperávamos 5, 10 minutos para o garçom nos atender, sem que isso gerasse qualquer mal estar. Hoje se ele demorar mais de 2 minutos já nos causa ansiedade, pois nos acostumamos a ser atendidos imediatamente quando solicitávamos nossas refeições pelo aplicativo.

5 - E quais serão os outros principais impactos da pandemia no comportamento das pessoas na fase pós crise?

Maior necessidade de utilização de plataformas digitais: aumento das compras on-line e uso de serviços de delivery, por exemplo;

Aceleração da transformação digital no ambiente de trabalho e educação;

Aumento da dependência da internet;

Crescimento de plataformas digitais de conteúdo/ streaming. Aumento do uso dessas plataformas para realização de “lives“, para receber notícias e manter a conexão com amigos e familiares;

Diminuição do poder aquisitivo da população, sendo que 50% será gravemente afetada. A demanda reprimida que haverá no pós crise vai equilibrar a sede de consumo com a utilização racional dos recursos;

Por conta da tendência de isolamento social, possivelmente as pessoas vão ganhar peso e ter mais problemas emocionais e de saúde. É possível que haja maior busca por produtos e serviços de beleza e um aumento na demanda por academias, terapias, serviços de psicólogos, etc.

É possível que haja um número maior de divórcios, como aconteceu na China;

É possível que a consciência do coletivo aumente e que haja uma maior distribuição de renda;

Urgência na retomada de decisões importantes que foram postergadas e na compra de bens duráveis, como imóveis.

E aqui está a chave da inovação e da adaptação das empresas e de todos nós, empresários, prestadores de serviços de qualquer área. É entender essa mudança no comportamento dos consumidores para poder se adaptar rapidamente o seu negócio a uma nova realidade é preciso estar muito atento ao que o consumidor quer e o que está buscando.

Não adianta termos o melhor produto do mundo, se não é isso que o consumidor quer, não adianta termos um serviço que o consumidor não deseja mais. Estamos passando por mudanças tão aceleradas que, provavelmente, acontecerão mais transformações nos próximos três meses do que aconteceram nos últimos três anos.

6 - Como enxergar a oportunidade em tempos de crise?

Mesmo sabendo de todos os desafios que o período traz, é fundamental manter a cabeça no lugar e refletir racionalmente sobre os fatos. A verdade é que, depois que tudo isso passar, as pessoas ficarão mais em casa, farão mais compras on-line, e exigirão que todos os serviços resolvam seus problemas por meio de uma plataforma digital e de forma rápida.

Mas o mais importante é perceber que uma crise da magnitude do COVID-19 causa mudanças profundas na sociedade, afetando negócios e criando as condições necessárias para a disrupção.

Vamos ver alguns casos muito próximos. O I Food criou o serviço de entrega de supermercados, pois muitas pessoas alguns por medo e outros por idade ou por dificuldades de deslocamento, tinham e tem dificuldades de realizarem suas compras. Uma necessidade nova = oportunidade = Empresário atento vislumbrou essa possibilidade e colocou em prática.

Agora vamos analisar um outro caso de uma perda de oportunidade. A todos que nos assistem e que moram ou moraram principalmente em capitas, e que nasceram  antes dos anos 2000, com certeza devem lembrar da Blockbuster.

Essa empresa americana, criada no ano de 1985 foi um marco na vida do brasileiro.

Ela era uma das gigantes no setor de entretenimento, queridinha dos investidores.

Provedora de serviços de aluguel de filmes e games, essa empresa teve seu pico de crescimento em 2004 com 9.094 lojas no mundo e seu valor em bilhões.

No entanto, apesar do sucesso, a Blockbuster foi rapidamente da ascensão à queda, sem nem respirar.

Em 2000, quando a Netflix ainda era uma startup de aluguel de DVDs pelo correio, a empresa estava em apuros.

O estouro da bolha da internet a havia deixado em uma situação financeira complicada. Mas uma reunião conseguida por seus fundadores poderia salvá-la: John Antioco, CEO da Blockbuster, então líder mundial no ramo de aluguel de filmes, queria conversar sobre uma possível compra.

É o que conta o fundador da gigante de streaming Marc Randolph, em seu livro That Will Never Work (“Isso Nunca Irá Funcionar”, em inglês). O resultado da reunião, sem acordo entre as partes, deve assombrar Antioco até hoje.

Randolph conta que estava na California em 2000 com Reed Hastings, outro fundador da Netflix, e Barry McCarthy, CFO da empresa. Eles receberam um convite para uma reunião com Antioco no dia seguinte, em Dallas, na sede da Blockbuster.

Apesar do curto espaço de tempo, conseguiram fretar um voo até o Texas para a manhã seguinte.

Para Randolph e Hastings, um negócio com a Blockbuster era algo que poderia salvar a Netflix. Havia meses que ambos tentavam marcar um papo com Antioco.

Mas o CEO da rede de locadoras não estava levando a ideia da startup a sério.

Durante a conversa, um executivo da Blockbuster disse duvidar do poder da internet e dos benefícios de ter uma empresa online como parceira. A bolha da internet havia acabado de estourar, e a Blockbuster vivia um grande momento. A rede de locadoras tinha estreado com sucesso na bolsa. O IPO da empresa levantou na época US$ 465 milhões.

Ao ser perguntado sobre um preço para a compra da Netflix, Hastings imediatamente respondeu: US$ 50 milhões. Era exatamente a quantidade necessária para manter a empresa de pé. Antioco, no entanto, reagiu de forma inesperada. Segundo Randolph, estava fazendo o máximo para segurar uma risada


Depois disso, as conversas azedaram e um acordo não foi fechado.

O resto da história é conhecido: a Netflix conseguiu sobreviver com seu sistema de aluguel por correio. Mais tarde, tornou-se uma das precursoras do formato de streaming e rapidamente explodiu em valor de mercado. Em 2018, chegou a estar avaliada em quase US$ 180 bilhões. A Blockbuster, mesmo em seu auge, nunca valeu mais que US$ 5 bilhões. Hoje, para o mercado, a Netflix é mais valorizada que a própria Disney.

7 – Teoria das forças futuras. O que seriam essas forças e como impactam no surgimento de oportunidades?

Existem 11 forças macro de mudanças e que geralmente estão fora do controle das organizações. Essas forças estão se transformando de maneira acelerada nesse exato momento por conta da pandemia. A quebra de paradigmas, geralmente, é a consequência da mudança de algumas dessas forças:

1. Distribuição de renda

Crises econômicas geralmente alteram a distribuição da renda e criam novas necessidades. Essas mudanças atraem o aparecimento de novos modelos de negócio.

2. Educação

Escolas e universidades migraram temporariamente seus métodos de ensino para o digital e a oferta de cursos on-line se multiplicou.

3. Infraestrutura

Toda a infraestrutura está sendo adequada às novas necessidades da população, seja no trabalho em home office, seja na digitalização das relações e do entretenimento, seja em relação à mobilidade, etc.

4. Governo

Mudanças regulatórias estão sendo discutidas para acomodar melhor a vida de seus cidadãos e acelerar inovações tecnológicas capazes de trazer mais segurança e conforto.

5. Geopolítica

O COVID transformou as relações entre os países, desde o fechamento de fronteiras, até acordos comerciais.

6. Economia

A diminuição da renda e a alta taxa de desemprego vai gerar um forte impacto no consumo.

7. Saúde pública

Como implementar melhorias nos sistemas de saúde públicos para combater a pandemia será o centro das discussões por um bom tempo.

8. Demografia

Infelizmente, a taxa de novos casos de pessoas infectadas e a taxa de mortalidade entre diferentes faixas da população poderão gerar impactos na demografia dos países.

9. Meio Ambiente

Com uma menor circulação de pessoas nas ruas já se nota uma grande diminuição nos níveis de poluição das cidades.

10. Mídia e Telecomunicações

Profundas transformações estão acontecendo na maneira como nós trocamos e consumimos informações e na forma como nos conectamos com as pessoas.

11. Tecnologia

Tecnologia é a espinha dorsal que liga negócios e sociedade e, por isso, ela permeia todas as outras 10 forças. É fundamental perceber a demanda pelo aparecimento de novas tecnologias, bem como sinais de novas necessidades dentro de outras fontes de mudança.

Encerramento

Com toda essa informação e dentro da sua realidade, é preciso refletir sobre como você e a sua empresa podem oferecer serviços com excelência para esse novo perfil de consumidor.

Por fim, pensar em como encontrar oportunidades em tempos de crise e se manter vivo em meio a tantas incertezas, envolve não se prender ao conhecido e sair da zona de conforto. Redirecione sua atenção para o novo e tente identificar as tendências.

Estou à disposição para analisar com cada empreendedor sobre as possibilidades do seu negócio, seu mercado, seus clientes e em como buscar novas oportunidades para gerar crescimento com sustentabilidade.


Consultor, Mentor, Palestrante e Coach nas áreas de Controladoria, Finanças, Custos, Planejamento, Orçamento, Indicadores de Desempenho e Gestão de Negócios.



 
Antonio Saǹtos

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O que o Plano Orçamentário anual pode fazer por sua empresa? Veja algumas dicas Importantes

Por: Antonio Santos 

Nos últimos meses do ano começamos a pensar no ano que está por vir. E para as empresas, essa é a hora de criar o plano orçamentário anual, visto que, com ele, o sucesso do negócio é mais certeiro.

 É por meio deste planejamento que a empresa consegue ter uma visão geral da sua situação financeira e da quantia que poderá ser destinada para cada setor ou projeto. Isso é, se o plano for feito da forma correta.

 Pensando nisso, o artigo de hoje explicará o que é e para que serve um planejamento orçamentário. Além disso, reunimos algumas dicas para lhe ajudar a criar um bom plano. Continue a leitura e garanta uma boa vida financeira para sua empresa!

 O que é plano orçamentário anual?

        Como parte da gestão financeira, essa ferramenta é utilizada para planejar como serão utilizados os recursos da empresa no período de um ano. O orçamento anual deve prever como será distribuída a receita entre os diferentes custos, despesas e, se for o caso, investimentos.

Fazer essa estimativa fornece uma visão geral da saúde financeira no negócio, garantindo assim o controle das finanças e permitindo um maior equilíbrio entre gastos e lucros.

Como fazer um plano orçamentário anual?

Os orçamentos funcionam como roteiros para o futuro financeiro da entidade, e também para seus projetos e atividades financiadas por terceiros. Quando estabelecemos orçamentos por áreas, para os projetos, e para a organização como um todo, todos que fazem parte da equipe precisam saber sobre as metas que foram almejadas e os parâmetros que deverão ser seguidos. Por isso hoje vamos falar sobre como elaborar um orçamento.

Somente com um efetivo acompanhamento orçamentário será possível avaliar, a qualquer momento, o cumprimento em relação ao que foi planejado, podendo, diante do resultado dessa análise, ser realizados os devidos ajustes conforme seja a necessidade. Essa verificação e correção de possíveis distorções deve ocorrer ao longo do ano ou durante o período de execução do projeto, para garantir que as metas estipuladas sejam atingidas ou até mesmo superadas.

O exercício de elaborar um orçamento não é tão complexo quanto se imagina. Na verdade, pode ser uma tarefa até prazerosa e simples, além de uma excelente oportunidade de conhecer melhor e aprender mais sobre a instituição e os projetos que ela executa.

Como toda nova tarefa, o início parece ser um pouco complicado, mas depois que pegamos jeito as coisas começam a fluir mais tranquilamente.

Primeiros passos para elaborar um orçamento

Para e elaboração do orçamento, deve-se, inicialmente, apurar as seguintes informações:

Identificação das despesas fixas – De acordo com o que foi apurado nos últimos 2 ou 3 anos, ou em projetos semelhantes executados anteriormente, é possível ter uma boa noção das despesas fixas que ocorrerão também no próximo exercício/projeto. As despesas fixas são aquelas que não se alteram com flutuações na receita, nas atividades, ou nos serviços, como por exemplo: o aluguel da sede, e o custo com o pessoal administrativo.

Identificação das despesas variáveis – As despesas variáveis são aquelas que aumentam ou diminuem de acordo com as atividades e os projetos realizados da entidade. Tomando-se por base as metas definidas pela entidade, verificando o comportamento passado e as tendências futuras do setor em que atua, é possível identificar quais despesas variáveis podem vir a ocorrer no ano seguinte ou no próximo projeto. Por exemplo: aluguel de um novo espaço para a execução do projeto, e a contratação de equipe para atuar no projeto.

Estimativa de novas despesas para o próximo ano ou projeto – De acordo com o planejamento de longo prazo definido pela entidade, é possível identificar quais os projetos ou atividades e as respectivas metas que estão previstas para serem realizadas no próximo ano. Essas metas precisam ser desmembradas em etapas e ações, necessitando ser estipulados os valores a serem investidos, e os prazos para a sua execução. Para tanto, os planos de trabalho correspondentes a projetos futuros são essenciais para a estimativa de novas despesas.

Projeção da receita esperada para o próximo ano ou projeto – Após identificar e listar as despesas previstas (fixas, variáveis e futuras), chega o momento de verificar o quanto de recursos a entidade possui, e quanto necessitará captar para alcançar as metas. Nessa fase, além de quantificar, é importante identificar as possíveis fontes de receita. Nesse levantamento é recomendável segregar e mensurar as receitas próprias, as doações e as parcerias celebradas com o poder público, dentre outras possibilidades de captação de recursos, bem como identificar as gratuidades e os serviços voluntários recebidos.

O próximo passo é cruzar as informações e avaliar se a despesa estimada corresponde à quantia que a entidade projetou captar. Caso essa receita não seja suficiente, é necessário identificar se existem outras maneiras de diminuir as despesas ou ampliar a fonte de recursos. Mas, caso a previsão de arrecadação supere a previsão das despesas, já é possível também planejar o destino a ser dado a esse possível superávit financeiro, sempre pensando no futuro da instituição.

Por isso é muito importante seguir o orçamento, analisar como a realidade se compara às projeções, e fazer as alterações cabíveis e atualizá-lo durante o ano ou período de execução, conforme necessário, para que o planejamento inicial não seja prejudicado.

Múltiplos cenários

É fato que não conseguimos prever o futuro, por isso é importante considerar que diversos cenários diferentes podem acontecer no longo prazo e que não temos controle de tudo. 

Desse modo, ao criar um planejamento para o ano seguinte, é necessário imaginar diferentes situações. O recomendado é criar diferentes cenários, como: 

·    Cenário positivo: qual a receita esperada e os possíveis gastos da empresas

·    Cenário negativo: qual é a receita mínima que minha empresa precisa alcançar para pagar as principais despesas fixas e variáveis?     

·    Cenário de aumento de demanda: quais são as estratégias que a empresa precisa adotar para manter suas contas em ordem e atender todos os pedidos extras?  

Independente de quais sejam as situações, o importante é criar cenários prováveis para estar sempre o mais preparado possível.

Corte gastos desnecessários

Para fazer o planejamento futuro, é preciso olhar para tudo que foi feito no passado. Desse modo, é possível identificar gastos desnecessários que influenciam no orçamento.

Essa redução de custos pode envolver desde gastos “supérfluos”, como desperdícios de materiais de escritório, até processos ineficientes da empresa, como gargalos na linha de produção e cadeia de suprimentos, o que acarreta muitos colaboradores fazendo hora extra.

Escolha ferramentas adequadas

Usando uma ferramenta adequada fica muito mais fácil gerar relatórios, analisar o fluxo de caixa e obter diversas outras informações que podem ser decisivas para a formulação de estratégias para o próximo ano.

Por isso, o uso de um bom software voltado para gestão corporativa é de grande valia para esse processo. Essas ferramentas ajudam a responder perguntas estratégicas com o intuito de direcionar o plano orçamentário anual para o caminho certo, como:

·    Quais produtos não trouxeram bons desempenhos?

·    Em qual região os produtos da empresa têm melhor aceitação? 

·    Qual campanha de marketing teve melhor resultado?

Através de respostas como essas, fica mais fácil saber qual caminho seguir no próximo ano.

Acompanhe os resultados

De nada adianta um belo orçamento sem haver um acompanhamento e ações de correção.

Vendas abaixo do estimado ou despesas acima das estimativas podem indicar a necessidade de ações de correção, que quanto mais demorarem para acontecer, maior será o comprometimento do resultado orçado.

Desse modo, uma boa prática é a realização de reuniões mensais, nunca muito distante do encerramento do mês, com o intuito de discutir o desempenho das áreas, abordar sugestão sobre o retorno do orçamento, tratar sobre a descontinuidade de um produto, melhoria na gestão de despesas, dentre outras.

Fique de olho no retorno

Por vezes, acontece da empresa não conseguir o orçamento solicitado em cada um dos setores. Será preciso, assim, abrir mão de alguns projetos, mesmo que temporariamente 

Contudo, como decidir o que recebe verba e o que fica na gaveta para o período seguinte? Um dos principais critérios para fazer essa escolha é, sem sombra de dúvidas, o retorno. 

Ao investir em projetos que apresentam maior potencial financeiro, é possível obter o investimento de volta (até mesmo com um lucro!).

Assim sendo, é importante que na hora de montar o orçamento anual os representantes de cada setor envolvido na discussão apresentem a estimativa de retorno dos seus projetos. Dessa maneira, é possível ter uma ideia de como usar os recursos da empresa.

A AW Gestão de Negócios pode ajudar a montar o plano orçamentário anual ideal para a sua empresa!

Agora você já sabe quais são os elementos que compõem um plano orçamentário e a importância desse processo para o crescimento da sua empresa. E se você quer levar ainda mais organização e efetividade para o seu plano.

Podemos utilizar um software de gestão ou uma planilha especifica às suas necessidades oferecendo vantagens como:

·       Criar e acompanhar KPIs de processos, projetos e pessoas;

·       Compartilhar informações com agilidade e transparência;

·       Integrar pessoas, operação e estratégia;

·       Encontrar oportunidades de melhoria;

·       Fazer a gestão de reuniões e do portfólio de projetos;

·       Empregar as principais metodologias de planejamento estratégico como BSC, OKR e SWOT;

·       Gerenciar riscos e analisar cenários;

·       Facilitar a troca de informação e a comunicação entre departamentos;

·       Focar na busca dos resultados que sua empresa procura alcançar.

Consultor, Mentor, Palestrante e Coach nas áreas de Controladoria, Finanças, Custos, Planejamento, Orçamento, Indicadores de Desempenho e Gestão de Negócios.

Antonio Saǹtos (@antoniosantos_56)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Desafio da Educação Modular

Por: Cristiany Fonseca: 

Após meses de aula online

Eu pude então retornar
Pra vê nossa sala de aula
E o professor modular
E reencontrar os amigos
Para juntos estudar.


Apesar de estar feliz
Não preciso nem falar
Que muitas coisas mudaram
Em nossa vida escolar
Aquele aperto de mão
Não podemos nem pensar


Decidir cor do batom,
Para melhor maquiar!
Isso já não é preciso
Com algo a se preocupar
Escolher a cor da máscara
Que precisamos usar

Aquele largo sorriso
Não podemos contemplar,
A máscara o escondeu
Para assumir seu lugar
Hoje todos sorrimos 
Através de um forte olhar.


Mesmo usando álcool gel
E com toda precaução
Nós não podemos negar
Que a melhor educação
É com professor presente
Pra nos dá explicação.


Esse período pandemico
Nos fez olhar com amor
O quanto é bom estudar
Entre amigo e professor,
E vê o quanto é difícil
Sem o nosso educador.

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