quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

TALENTO X RECONHECIMENTO MENSAGEM AO MERCADO

 De: Helcio da Costa:

   De um artigo do site “Brasil de Fato”, extraímos o seguinte sobre Vincent Van Gogh: Nascido em 1853, holandês. Um dos maiores expoentes da expressão artística denominada pós-impressionismo (passou a ser considerado assim após sua morte). Foi um artista autodidata e de pouca formação oficial. Em um período de dez anos (1880 a 1890) criou cerca de 2500 peças de arte, incluindo 900 pinturas, 1600 esboços ou desenhos. Tentou sem sucesso, várias carreiras, e só começou a pintar aos 27 anos, e só conseguiu material de trabalho com a ajuda de seu irmão mais novo Theo. Foi diagnosticado com sintomas que levavam a crer que sofria de transtornos mentais. Durante toda a sua vida ele só vendeu uma de suas obras, morreu pobre e sem reconhecimento. Hoje, tanto tempo depois de sua morte seu nome é aclamado e suas obras valorizadas.

Utilizo-me da breve história de Van Gogh narrada acima, para falar sobre um tema que se reveste de grande importância no mercado de trabalho no contexto atual: Talento X Reconhecimento.

Que o mercado de trabalho necessita de talentos, é questão indiscutível. Mas, é preciso abrir questionamentos sobre como o mercado identifica e contrata esses talentos. O mercado procura:

 ● Profissionais com formação, e não basta ter o diploma, é preciso que tenha estudado em uma Instituição renomada.

 ● Profissionais com experiência, que tenham passagens bem sucedidas em outras empresas ou instituições.

 ● Profissionais com perfil empreendedor, que demonstrem iniciativas de sucesso com o público alvo.

 ● Profissionais capazes de solucionar problemas, captar recursos, de vender seus produtos.

 ● Profissionais que tenham saúde física e psicológica inabalável, para que possam prestar seu serviço.

Assim como não conseguiu vaga no mercado em seu tempo, Van Gogh seria segundo os critérios atuais de escolha rejeitado pelo mercado nos dias de hoje. Isso mesmo, o mercado atual (o da Arte e da Cultura) fatura alto com as obras de Van Gogh, mas se ele estivesse hoje, na condição de um desconhecido batendo a porta, pelos critérios do mercado do nosso tempo ele não teria nenhuma oportunidade. – Ah, mas hoje Van Gogh é reconhecido! – Sim, hoje Van Gogh é reconhecido, depois de morto! – Sim, hoje Van Gogh é reconhecido, mas, será que o mercado (não só o da Arte e da Cultura) mas todos os setores do mercado, aprendeu alguma coisa com a história dele? – Parece-nos que não! Como eu disse, pelos critérios do mercado (alguns deles listados acima) Van Gogh estaria fora da lista de contratação e da lista de investimentos.

Parece que estou dizendo que os critérios de seleção do mercado estão errados? – Pode parecer, mas eu não estou dizendo isso, o que eu faço questão de afirmar é que o mercado não pode ficar “engessado” nos critérios e procedimentos que são praticados na seleção de pessoas para contratação ou para fazer investimentos.

O mercado precisa de talentos, então o mercado precisa entender que talentos, grandes talentos fogem a um padrão estereotipado, e costumam ser invisíveis ao olhar do mercado pela ótica de seleção que hoje predomina. Então, se o mercado quer encontrar talentos, precisa desenvolver a arte de enxergar talentos – como seria essa arte de enxergar talentos? Proponho que seja a arte de olhar com a alma e enxergar com a alma. A arte de entender que certas coisas não se adquirem ao receber o diploma. A arte de entender que alguém pode fracassar em mil coisas, mas ser genial em uma coisa. A arte de entender que uma pessoa pode não ter um perfil físico e psicológico desejável, mas mesmo assim ter capacidades incríveis. A arte de entender que para um talento se manifestar é preciso que haja oportunidade. A arte de entender que aquilo que não se pode ver no currículo pode ser visto quando é dada oportunidade.

Alguém pode questionar que um verdadeiro talento vai se destacar, se fazer reconhecer, mas não é bem assim, a verdade é que talentos podem ser postos de lado quando o mercado não está pronto para enxerga-los. Será que o mercado de hoje está nesse caminho de rejeitar talentos que talvez no futuro terão homenagem póstuma? Será que o mercado de hoje está nesse caminho de rejeitar talentos cujo trabalho será descoberto no futuro e gerará ganhos para outra geração? Será que pela falta de visão do mercado, muitos talentos não vão morrer no anonimato e sua obra morrerá com eles, e o mundo jamais poderá desfrutar daquilo que esses talentos tem a oferecer?

Que as obras de Van Gogh tenham hoje o devido reconhecimento, é uma luz que brilha para iluminar o entendimento do mercado de nossos dias, para que erros do passado não sejam repetidos hoje.

Há muitos talentos em busca de um lugar no mercado, o mercado pode aprender a enxerga-los. Mas, não sou eu que vou criar parâmetros para que o mercado possa enxergar esses talentos, apenas uso aquilo que sei fazer: Enxergar um pouco mais profundamente, e deixo aqui minha mensagem para o mercado de trabalho.

 

 Helcio da Costa

 Especialista em Segurança

 Palestrante (comunicador de ideias)

 Consultor (pronto para colaborar)

 Contatos: WhatsApp: (31) 98800-9893 – E-mail: helcio@yahoo.com

 Rede social: LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/helcio-costa-63821967/

3 comentários :

  1. Muito boua colocação pastor Hélcio, quem dá oportunidade ,reconhece , que um dia recebeu uma oportunidade.

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    1. Boa tarde. Agradeço a avaliação positiva do artigo. Espero poder contribuir sempre com reflexões que façam a diferença.

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  2. Obrigado por acessar o Site, todo mês um artigo sobre algum tema (educação, tecnologia, sociedade, networking, trabalho ...)

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