De: Helcio da Costa:
De um artigo do site “Brasil de Fato”, extraímos o seguinte sobre Vincent Van Gogh: Nascido em 1853, holandês. Um dos maiores expoentes da expressão artística denominada pós-impressionismo (passou a ser considerado assim após sua morte). Foi um artista autodidata e de pouca formação oficial. Em um período de dez anos (1880 a 1890) criou cerca de 2500 peças de arte, incluindo 900 pinturas, 1600 esboços ou desenhos. Tentou sem sucesso, várias carreiras, e só começou a pintar aos 27 anos, e só conseguiu material de trabalho com a ajuda de seu irmão mais novo Theo. Foi diagnosticado com sintomas que levavam a crer que sofria de transtornos mentais. Durante toda a sua vida ele só vendeu uma de suas obras, morreu pobre e sem reconhecimento. Hoje, tanto tempo depois de sua morte seu nome é aclamado e suas obras valorizadas.
Utilizo-me
da breve história de Van Gogh narrada acima, para falar sobre um tema que se
reveste de grande importância no mercado de trabalho no contexto atual: Talento
X Reconhecimento.
Que
o mercado de trabalho necessita de talentos, é questão indiscutível. Mas, é
preciso abrir questionamentos sobre como o mercado identifica e contrata esses
talentos. O mercado procura:
● Profissionais com formação, e não basta ter
o diploma, é preciso que tenha estudado em uma Instituição renomada.
● Profissionais com experiência, que tenham
passagens bem sucedidas em outras empresas ou instituições.
● Profissionais com perfil empreendedor, que
demonstrem iniciativas de sucesso com o público alvo.
● Profissionais capazes de solucionar
problemas, captar recursos, de vender seus produtos.
● Profissionais que tenham saúde física e
psicológica inabalável, para que possam prestar seu serviço.
Assim
como não conseguiu vaga no mercado em seu tempo, Van Gogh seria segundo os
critérios atuais de escolha rejeitado pelo mercado nos dias de hoje. Isso
mesmo, o mercado atual (o da Arte e da Cultura) fatura alto com as obras de Van
Gogh, mas se ele estivesse hoje, na condição de um desconhecido batendo a
porta, pelos critérios do mercado do nosso tempo ele não teria nenhuma
oportunidade. – Ah, mas hoje Van Gogh é reconhecido! – Sim, hoje Van Gogh é
reconhecido, depois de morto! – Sim, hoje Van Gogh é reconhecido, mas, será que
o mercado (não só o da Arte e da Cultura) mas todos os setores do mercado,
aprendeu alguma coisa com a história dele? – Parece-nos que não! Como eu disse,
pelos critérios do mercado (alguns deles listados acima) Van Gogh estaria fora
da lista de contratação e da lista de investimentos.
Parece
que estou dizendo que os critérios de seleção do mercado estão errados? – Pode
parecer, mas eu não estou dizendo isso, o que eu faço questão de afirmar é que
o mercado não pode ficar “engessado” nos critérios e procedimentos que são
praticados na seleção de pessoas para contratação ou para fazer investimentos.
O
mercado precisa de talentos, então o mercado precisa entender que talentos,
grandes talentos fogem a um padrão estereotipado, e costumam ser invisíveis ao
olhar do mercado pela ótica de seleção que hoje predomina. Então, se o mercado
quer encontrar talentos, precisa desenvolver a arte de enxergar talentos – como
seria essa arte de enxergar talentos? Proponho que seja a arte de olhar com a
alma e enxergar com a alma. A arte de entender que certas coisas não se
adquirem ao receber o diploma. A arte de entender que alguém pode fracassar em
mil coisas, mas ser genial em uma coisa. A arte de entender que uma pessoa pode
não ter um perfil físico e psicológico desejável, mas mesmo assim ter
capacidades incríveis. A arte de entender que para um talento se manifestar é
preciso que haja oportunidade. A arte de entender que aquilo que não se pode
ver no currículo pode ser visto quando é dada oportunidade.
Alguém
pode questionar que um verdadeiro talento vai se destacar, se fazer reconhecer,
mas não é bem assim, a verdade é que talentos podem ser postos de lado quando o
mercado não está pronto para enxerga-los. Será que o mercado de hoje está nesse
caminho de rejeitar talentos que talvez no futuro terão homenagem póstuma? Será
que o mercado de hoje está nesse caminho de rejeitar talentos cujo trabalho
será descoberto no futuro e gerará ganhos para outra geração? Será que pela
falta de visão do mercado, muitos talentos não vão morrer no anonimato e sua
obra morrerá com eles, e o mundo jamais poderá desfrutar daquilo que esses
talentos tem a oferecer?
Que
as obras de Van Gogh tenham hoje o devido reconhecimento, é uma luz que brilha
para iluminar o entendimento do mercado de nossos dias, para que erros do
passado não sejam repetidos hoje.
Há
muitos talentos em busca de um lugar no mercado, o mercado pode aprender a
enxerga-los. Mas, não sou eu que vou criar parâmetros para que o mercado possa
enxergar esses talentos, apenas uso aquilo que sei fazer: Enxergar um pouco
mais profundamente, e deixo aqui minha mensagem para o mercado de trabalho.
Helcio da Costa
Especialista em Segurança
Palestrante (comunicador de ideias)
Consultor (pronto para colaborar)
Contatos: WhatsApp: (31) 98800-9893 –
E-mail: helcio@yahoo.com
Muito boua colocação pastor Hélcio, quem dá oportunidade ,reconhece , que um dia recebeu uma oportunidade.
ResponderExcluirBoa tarde. Agradeço a avaliação positiva do artigo. Espero poder contribuir sempre com reflexões que façam a diferença.
ExcluirObrigado por acessar o Site, todo mês um artigo sobre algum tema (educação, tecnologia, sociedade, networking, trabalho ...)
ResponderExcluir