quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

A resistência à liderança feminina infelizmente ainda é um obstáculo na maior parte das empresas

 Por: Bento Jesus Guastalli

As mulheres caminham a largos passos rumo ao desenvolvimento de um ambiente de trabalho que favoreça a competência, a colaboração, a especialização e a transparência, valores que se tornam cada vez mais fundamentais para a sobrevivência da liderança no trabalho.
Um recente estudo da OIT – Organização Internacional do Trabalho mostrou que a presença feminina em cargos executivos é um dos fatores que contribui para maior desempenho e lucratividade das empresas, já que de 75% das que optaram por mulheres no comando, cerca de 5% a 20% tiveram um aumento considerável nos lucros.
Mas, mesmo sensíveis à diversidade e tão ou mais capacitadas que os homens, a resistência à liderança feminina infelizmente ainda é um obstáculo na maior parte das empresas.
Os números ratificam a afirmação de que a competência feminina é amplamente ignorada. Segundo dados do IBGE, os homens ainda ocupam 58,9% dos cargos executivos dentro das corporações e, quando tais posições são das mulheres, a remuneração recebida é aproximadamente 20% menor.
O curioso – e preocupante – é que essa discriminação também vem do público feminino. Não é raro encontrarmos mulheres que endossam tal discurso, atacando profissionais e executivas por serem mães, por exemplo.
Cuidar da família e criar os filhos é considerado uma responsabilidade quase que exclusiva materna e incompatível com o mercado de trabalho. Ascender no organograma empresarial, ocupando cargos de liderança, é também visto por muitas mulheres como um abandono às responsabilidades domésticas e familiares. É preciso derrubar esse arquétipo patriarcal de que a mulher é cuidadora e o viés inconsciente de que o homem nasceu para liderar. As empresas precisam promover a colaboração, a integração entre as pessoas e ter a liderança exercida pela competência e não mais pelo gênero.
#ibade
Há um imenso potencial criativo que está à margem do mercado ou é mal aproveitado nas empresas.
É passada a hora de sermos agentes ativos dessa transformação, abrindo espaço para quem realmente quer fazer a diferença. Só compreendendo as nuances da atualidade nos livraremos do preconceito e nos tornaremos capazes de desenvolver um mercado amplamente competitivo e uma nação que cresce por inteiro e de forma consistente. Pessoas com olhares distintos trazem soluções plurais.
O tempo da simpatia passou.
É hora de sermos empáticos.

Bento Jesus Guastalli – Bacharel em Administração
Mestrado em Gestão Pública.
Jornalista CEO – IBADE – Instituto Brasileiro de Assessoria em Desenvolvimento.
bentoguatalli@ibadeinstituto.com.br

Publicado Originalmente no: http://www.ibadeinstituto.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=85&catid=8&Itemid=101

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