Por: Natália Marques
O
mercado de empreendedorismo vem crescendo com o surgimento de Startups. Dados
da Abstartups indicam um salto de 4.151 em 2015 para 12.727 em 2019, ou seja, um
crescimento de 207%. Mas o sonho de ser um “unicórnio” (empresas que passam de
US$1 bilhão), chegou apenas para algumas como a PagSeguro, Nubank, 99, Stone
Pagamentos, iFood/Movile, Gympass, Quinto/Andar e Arco Educação.
As
Startups surgiram no Brasil a partir do ano 1996, impulsionadas pelo
crescimento da onda das novas tecnologias, embora já fosse um modelo recorrente nos
EUA há décadas.
As
Startups são empresas criadas com a ideia, de que embora exista uma incerteza
(não saber se vai dar certo), são impulsionadas com a determinação de
transformar trabalho em dinheiro. O modelo é desenvolver um determinado bem,
crescer em escala, sem que isso afete o negócio, buscar elevar a receita, com
custos crescentes lentos, gerando lucros e cada vez mais riqueza.
Estão
distribuídas no setor de tecnologia da informação, saúde, educação, mobilidade
urbana, agronegócio, serviços, comércio, onde a alta tecnologia e a inovação se
fazem fortemente presentes.
Pelos
dados da Abstartups no Brasil, estima-se que há cerca de 62 mil empreendedores
em 6 mil startups, que se destacam em São Paulo (41%), Minas Gerais (12%) Rio
de Janeiro (9,7%).
Os
dados mais interessantes são que 72% são lideradas por jovens entre 25 e 40
anos, mas o que me surpreende mesmo é o fato de que 87,13% são homens e 12,3%
mulheres.
Já é
sabido que mulheres no mercado corporativo de trabalho, exercendo mesma função,
com ensino igual ou superior a um homem, recebem salários inferiores. No
empreendedorismo, também existem barreiras para serem derrubadas.
Uma
pesquisa realizada nos EUA pelo BCG em parceria com a MassChallenge (uma rede
global de aceleradores que, desde 2010 oferece mentores e especialistas para
empresas), verificou que empresas onde mulheres são fundadoras e ocupam a
liderança não recebem o mesmo apoio financeiro que as dirigidas por homens.
Em
contrapartida, num estudo realizado durante 5 anos, verificou-se que a cada dólar
investido nas startups dirigidas por mulheres gerava-se 78 centes de lucro,
enquanto as gerenciadas por homens, 31 centes.
Não se
trata de uma disputa entre sexos, mas de uma cultura dominada por homens, onde
as mulheres nem sempre são ouvidas, um valor que pode ser agregado e gerar bons
resultados para todos
Verifica-se
que as empresas dirigidas por mulheres se debruçam atenciosamente nas
necessidades do mercado e do cliente, mas ao buscarem investimentos para
acelerar os seus negócios, são questionadas de forma vigorosa e técnica, muitas
vezes com descrença.Outro aspecto é que as mulheres, ao receberem uma crítica,
nem sempre argumentam de forma incisiva como um homem, que impõem a sua
opinião. É um aprendizado que precisa ser exercido sem medo.
Por
outro lado, os investidores precisam evitar o viés de afinidade ao decidir onde
aplicar o seu capital de risco.
Muitas
empresas de mulheres, focam em nichos de mercados que só elas entendem, por
fazerem parte do universo feminino, assim mais investidores precisam entender
essa força que obtém um desempenho melhor do que as fundadas por homens.
Um
ponto importante, é incluir mulheres e sua visão de negócio nas decisões de
investimento, passo fundamental para acelerar as startups de modo geral.
Destaco aqui
algumas empreendedoras de sucesso:
Luiza
Trajano/ Magazine Luiza
Herdou a inteligência emocional da mãe e o empreendedorismo
da tia.
“Eu sou uma vendedora. A minha família é vendedora...
Isso é motivo de orgulho e não de vergonha.”
Leila
Velez e Zica Assis/ Beleza Natural
Iniciaram com testes de produtos para cabelos ondulados e
vendiam para passageiros de ônibus.
“A gente acreditava num sonho e era tudo que a gente
tinha.”
Sonia
Hess/ Dudalina
Os pais iniciaram fazendo e vendendo camisas, as primeiras
lojas da rede foram abertas em Balneário Camboriú. Sonia assumiu a presidência
e hoje tem um produto que é exportado.
“O que importa é o espírito de empreender.”
Alcione
Albenaris / FLC
Iniciou como modelo aos 14 anos, montou sua primeira
confecção aos 17 anos, mas foi a luz das lâmpadas fluorescentes que fez seu
sucesso.
Bioquímicas de formação, com estória de pais
empreendedores e valores familiares, criaram uma empresa que é referência não
só empresarial mas também de cultura organizacional.
“Nós não sabíamos fazer, nós eramos só farmacêuticas.”
O que elas
tem em comum?
Resiliência,
incentivo, persistência, dedicação e um sonho.
Natália Marques
Master Coach, Psicóloga, Especialista em Saúde Organizacional
Master Coach, Psicóloga, Especialista em Saúde Organizacional
Site e Blog www.nataliamantunes.com.br
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(11)99910-9888 WhatsApp
Psicóloga
/ Coach / Palestrante
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