terça-feira, 8 de março de 2022

Nenhum direito a menos

Por: Natália Marques:

O que temos a comemorar neste dia 08 de março, dia da mulher?

Temos que comemorar que estamos atentas a cada um dos nossos direitos como seres humanos, mas ainda muito vulneráveis diante das vistas dos opressores visíveis e invisíveis.

A sociedade em geral tem lançado uma luz sobre a violência doméstica, bem como a falta de reconhecimento no campo profissional, embora caminhamos a passos de tartaruga.

Com a pandemia vimos avançar os números registrados de violência doméstica, e também os feminicídios, mas os canais para denuncia e acolhimento dessas mulheres vítimas tem aumentado, e a rede de comunicação para que elas se pronunciem tem se expandido.

Quando olhamos ao longo da nossa história no Brasil, somente a partir de 1827, as meninas, foi dado o direito de cursar além da escola fundamental; e em 1879 foi permitido as mulheres cursarem uma faculdade; apenas em 1932 pode exercer o direito de votar.

Até 1974, pasmem, apenas os homens podiam ter cartão de crédito. Somente em 1979 foi permitido a mulher colocar uma chuteira e praticar o esporte Futebol. Apenas na Constituição promulgada em 1988 a mulher foi declarada com direitos iguais aos homens.

Estes dados são assustadores, ainda mais quando vemos que no mundo corporativo, precisaremos de dois séculos para alcançar equidade salarial de gênero.

Todos reconhecem que a mulher tem as mesmas competência que os homens, e em alguns quesitos acrescida de sua sensibilidade, mas na hora da contratação, ainda se faz sentir a discriminação de gênero.

Quando se trata de mulher negra, as discriminações e opressões são ainda maiores, os canais para as denúncias se multiplicam.

Algumas atitudes que a sociedade pode ter para alcançar alcançarmos maior respeito:

- Divisão nas tarefas domésticas e no acompanhamento da educação dos filhos;

- Apontar e denunciar atitudes machistas e racistas;

- Estar atento a violência contra a mulher;

- Apoiar mulheres a ocuparem cargos de destaque dentro das empresas e na política;

- Seleção com imparcialidade e salários iguais;

- Educar para uma sociedade mais justa.

Para transformar a realidade, toda sociedade precisa estar atenta, porque não é uma disputa de gênero, mas sim que reescrever essa história, e uma voz que não quer calar é que “nenhum direito a menos” deve existir entre os diferentes gêneros.

Natalia Marques - Psicóloga Clínica, Coach e Palestrante

Especialista na Psicoterapia na Abordagem Resiliente

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