Por: Natália Marques:
O que temos a comemorar neste dia 08 de março, dia da mulher?
Temos
que comemorar que estamos atentas a cada um dos nossos direitos como seres
humanos, mas ainda muito vulneráveis diante das vistas dos opressores visíveis
e invisíveis.
Com a pandemia vimos avançar os números registrados de violência doméstica, e também os feminicídios, mas os canais para denuncia e acolhimento dessas mulheres vítimas tem aumentado, e a rede de comunicação para que elas se pronunciem tem se expandido.
Quando olhamos ao longo da nossa história no Brasil, somente a partir de 1827, as meninas, foi dado o direito de cursar além da escola fundamental; e em 1879 foi permitido as mulheres cursarem uma faculdade; apenas em 1932 pode exercer o direito de votar.
Até
1974, pasmem, apenas os homens podiam ter cartão de crédito. Somente em 1979
foi permitido a mulher colocar uma chuteira e praticar o esporte Futebol. Apenas
na Constituição promulgada em 1988 a mulher foi declarada com direitos iguais
aos homens.
Estes
dados são assustadores, ainda mais quando vemos que no mundo corporativo,
precisaremos de dois séculos para alcançar equidade salarial de gênero.
Todos
reconhecem que a mulher tem as mesmas competência que os homens, e em alguns
quesitos acrescida de sua sensibilidade, mas na hora da contratação, ainda se
faz sentir a discriminação de gênero.
Quando
se trata de mulher negra, as discriminações e opressões são ainda maiores, os
canais para as denúncias se multiplicam.
Algumas
atitudes que a sociedade pode ter para alcançar alcançarmos maior respeito:
- Divisão nas tarefas domésticas e no acompanhamento
da educação dos filhos;
- Apontar e denunciar atitudes
machistas e racistas;
- Estar atento a
violência contra a mulher;
- Apoiar mulheres a
ocuparem cargos de destaque dentro das empresas e na política;
- Seleção com
imparcialidade e salários iguais;
- Educar para uma
sociedade mais justa.
Para transformar a realidade, toda sociedade precisa estar atenta, porque não é uma disputa de gênero, mas sim que reescrever essa história, e uma voz que não quer calar é que “nenhum direito a menos” deve existir entre os diferentes gêneros.
Natalia Marques - Psicóloga Clínica, Coach e
Palestrante
Especialista na Psicoterapia na Abordagem Resiliente
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