quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Tecnologias e Suas Contribuições Na Educação Familiar – Olhar Da Psicopedagogia

#Tecnologia, #Família, #Educação, #Psicopedagogo, #Dificuldades de aprendizagem.

Estou utilizando nesse artigo as palavras APRENDENTE (indivíduo que aprende) e ENSINANTE (todos que ensinam ou educam).

A família, escola e o indivíduo são sistemas de interações, três sistemas em constante evolução, para compreender o método relacional que vai muito além do indivíduo e que atravessa vidas no tempo e articulam entre seus membros precisamos aprender que são vários componentes individuais.
#Família
Todos necessitam acompanhar as evoluções que acontecem nesse mundo globalizado, essas transformações acontecem de forma que nós não temos consciência, são elas:
Sociológica, cultural, filosófica, teológica, biológica, psicológica, antropológica...  Todas elas atravessam os indivíduos sem tomar consciência desses acontecimentos.
São diversas informações, novas formas de pensar, novos conhecimentos e maneira de viver e estar no mundo, tomando contornos, sendo colocadas em práticas e também abandonadas dia a dia.
Não podemos agir e pensar como era considerada no passado como verdade absoluta, sendo necessário avaliar nossos pensamentos, comportamentos, crenças, legados, convicções, mitos, ritos de passagens em todos os segmentos, não conseguiremos mais separar as ferramentas da internet de nossas vidas, a internet nos enlaçou.
Hoje olhamos e percebemos muitos idosos totalmente envolvidos, é bacana essa evolução nas redes sociais. Somos todos uns, no entanto também estamos sós.
#colaboração
Hoje as formas de aprender e ensinar transformou nossa realidade, a educação foi transformada.  A visão da família e escola precisam caminhar de mãos dadas com a educação tecnológica com equilíbrio, por diversas vezes nos perdemos com o COMPUTADOR, TABLET, CELULARES...
Os aprendentes com toda essa inclusão digital caminham ainda passos lentos e rápidos com suas dificuldades de aprendizagem e com apoio e ajuda das tecnologias podem amenizar e solucionar os obstáculos que encontram pelo caminho do aprendente e ensinante.
A psicopedagogia oferece subsídios, recursos e ferramentas para orientar o indivíduo utilizando a internet como ponto de partida, melhorando o processo cognitivo e dos mecanismos biopsicossocial que estão presente nos problemas dos sinais e sintomas dos transtornos ou dificuldade de aprendizagem.
#mundo conectato
As redes sociais é um organismo vivo e de mudanças constantes.
O educador e suas famílias necessitam aprender como lidar com essas ferramentas e transforma-las em desenvolvimento educacional, com olhar voltado para os aprendentes nos seus aspectos afetivos e cognitivos.
Todos somos APRENDENTES & ENSINANTES.
NÃO EXISTE MAIS A FALÁCEA “NO MEU TEMPO ERA...”, passou! Não podemos continuar com esse discurso e sim mudar os clichês dia a dia.
Precisamos desconstruir preconceitos, e procurar voltar o olhar para esse novo conhecimento, oferecendo auxílio aos profissionais da educação e para as famílias, respeitando características individuais dos envolvidos no processo educativo das tecnologias.
A função do psicopedagogo pode considerar que ele é um detetive, que faz o papel de identificar, pesquisar, colaborar e contribuir nos problemas que se manifestam das queixas do MUNDO DAS TECNOLOGIAS.
No processo educativo precisamos refletir e analisar o que se está ensinando e como estão ensinando!
Os educadores (escolas, pais e responsáveis) devem compreender que estão ensinando seres humanos que desejam, sentem, observam, possuem suas histórias e legados, trazem em si uma bagagem cultural, socioeconômico...  Diferentes uns dos outros, cada um conta sua história.
 Refletir é pensar diante de si mesmo, como olhar para o reflexo do espelho, esse ato permitem reconhecer o seu pensamento ou se está repetindo o mesmo discurso e teorias que não se tem o domínio.
#pessoas #famílias #conexões
Aprendentes e ensinante não podem ser repetidor, não somos TÁBOLA RASAS, devemos ENSINAR construir seu próprio conhecimento e serem mediadores de um novo conhecimento na prática pedagógica.
Para Libâneo 1998; p.07 a escola é:
 “aquela que assegura a todos a formação cultural e cientifica para a vida pessoal, profissional e cidadã, possibilitando uma relação autônoma, crítica e construtiva com a cultura em suas várias manifestações: a cultura promovida pela ciência, pela técnica, pela estética, pela ética, bem como a cultura paralela (meios de comunicação) e pela cultura cotidiana.”
A escola e família precisam estar conectadas com as tecnologias e as ciências, e encontramos escolas e famílias que são repetidoras de ideologias, não acompanham os ritmos dos aprendentes e que os educadores não são proprietários do saber e sim mediadores das aprendizagens e das construções do pensamento.
Toda instituição educacional e familiar devem oportunizar a inclusão dos indivíduos nas novas tecnologias como ferramenta e instrumentos, favorecendo todo aprendizado e despertando o interesse em aprender, coletando novidades.
O psicopedagogo colabora com todos que tem dificuldades de aprender e as tecnologias favorecem nos aprendizados lúdicos com jogos, brincadeira, filmes, leituras... Muitas vezes ignorados e deixados para traz ou procrastinando.
#WhatsApp #conexão
A utilização da internet deve ser equilibrada, ensinado e não proibindo. A internet e seus aparelhos são aliados na comunicação, favorecendo o dia a dia, contatos entre todos. Famílias utilizam o  WhatsApp como apoio relacional, quando os membros estão fora de casa, gravam vídeos e fazem fotografias.

#WhatsApp
São momentos que podemos valorizar oportunidades para brincadeiras, e ao contrário disso, quando estiverem presentes, valorizem a presença física e as oportunidades para diálogo, beijos, abraços com muito afeto.
A internet não pode ser substituída pelos toques e o diálogo. Pais, filhos e educadores precisam manter atenção presencial, não podemos nos prender a vídeos, jogos ou mensagens que tiram nossa atenção e ignoram delicados assuntos das pessoas ao nosso lado.
Essas ferramentas não podem ter sentido maior que navegar no acolhimento familiar, na construção da sua família e escola. Na família encontramos o melhor suporte para evoluirmos frente aos conflitos e os dramas da vida, por meio da comunicação e outros hábitos.
Família, escolas tem seus momentos ruins e bons, vale relembrar os momentos que marcaram vidas.
#Família #Escola
O que precisamos aprender é que o mundo virtual não é em si toda realidade, existem vidas além da telinha e do aparelho telefônico. Não podemos viver o dia virtualmente.
Utilize a internet para interagir com quem está longe e não próximo, aproveite quem está perto de você. O diálogo sempre foi muito saudável para acolher e promover afeto, perdoar, compreender situações de conflitos e etc.
Converse mais, ame mais quem está ao seu lado e servindo, escolas e famílias.
Espero que esse artigo ajude e oriente você, famílias, escolas, e todas as pessoas estarem cada vez mais próximo e compartilhando alegria a cada instante e não Posts.

Kátia Barbosa Rumbelsperger
Psicopedagoga

Referências:
Fagali, Eloisa Quadros_psicopedagogia institucional aplicada: aprendizagem escolar dinâmica e construção na sala de aula\Eloisa Quadros Fagali e Zélia Del Rio do Vale. Ilustrações de Francisco Forlenza’ 9 ed. Petrópolis, RJ; Vozes, 2008.
Weiss, Maria Lucia Lemme. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnostica dos problemas de aprendizagem escolar\5 ed. Rio de Janeiro DP E A, 1999.
Monereo Carles. O assessoramento psicopedagógico: uma perspectiva profissional e construtivista\ Carlos Monereo e Isabel Solé, trad. Beatriz Afonso Neves_ Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
Fermino Fernandes Sisto... (ET AL). Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar Petrópolis, RJ; Vozes, 19906.
Freire, Paulo. A psicopedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra. 16 edição, 1996.
Libâneo, José Carlos: Adeus professor, adeus professora? Novas exigências profissionais e profissão docente. São Paulo, Cortes, 1990.
Fernández, Alicia. A inteligência aprisionada, tradução: Iara Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

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