Muito se fala em empreendedorismo, porém pouco em
intraempreendedorismo. Há 12 anos atrás uma empresa me convidou para ministrar
um curso para orientar os colaboradores à pensarem e agirem como "
donos" do estabelecimento. Fui pesquisar a teoria e conteúdo sobre este tema, na ocasião não achei esta
terminologia - Intraempreendedorismo- .
Hoje percebo que ainda esta terminologia não é muito
difundida no mundo corporativo, mas na prática, existe muitos profissionais que
trabalham como se fossem donos do negócio, são pró-ativos, mesmo fora do
horário de trabalho, estão pensando em como podem melhorar, mudar algo na
organização. Estão sempre preocupados com o investimento e com os gastos
desnecessários. Tratam os clientes externos e internos de forma estratégica,
educada e sempre estão prontos à ajudarem e ensinarem. Se precisam ficar até
mais tarde no expediente, ficam, porque sabem da importância de sua presença,
não por medo do líder.
Trabalham bem, não se sentem cobrados pela sociedade por
serem empregados, sabem do seu papel na empresa e também reconhecem que seu
trabalho faz a diferença. Gostam de rotinas, cumprem regras, apreciam os
relacionamentos interpessoais gerados no dia a dia. São profissionais felizes
com suas atribuições.
Percebo que nas mídias sociais, há uma certa exaltação do
empreendedorismo, como se as pessoas que decidem empreender são melhores do que
os que optam por trabalharem em regime CLT.
Fico preocupada com este modismo, pois nenhuma empresa
sobrevive só com cabeças empreendedoras, alguém fará aquilo que o outro não se
adapta e vice-versa, ou seja, empreendedor precisa do intraempreendedor.
Na minha opinião, não podemos generalizar o que é bom... há
quem diga que o empreendedorismo é a salvação, ou seja, ou você é empreendedor
ou está fora, será deletado do mercado de trabalho, entrará na fila da inclusão
e etc
Não consigo ver desta forma. Sou empreendedora há 20 anos,
sócia diretora da empresa Facce Nova - Treinamento em gestão de pessoas, e ao
longo deste tempo, conheci profissionais excelentes que simplesmente gostam de
trabalhar registrados, e nem por isso deixam de ser bons no que fazem.
Escrevi este artigo apenas para ilustrar minha ideia de que
generalizar não é o caminho, respeitar a individualidade do próximo é a melhor
saída para nosso país prosperar.
Sou coautora e coordenadora editorial do livro Networking
& Empreendedorismo (ed. Leader). Todos os coautores escreveram suas
experiências, dão dicas e mostram alternativas para o desenvolvimento
profissional, quanto mais conhecimento na área, mais entenderemos qual é nosso
perfil.
Afinal de contas, é preciso conhecer nosso potencial, nosso
talento e nossas aspirações, porque: " A vida é da cor que a gente
pinta"
By Marli Arruda
Psicóloga Empresarial, Master Coach &
Palestrante
www.marliarruda.com
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