Por: Marli Arruda:
Por favor, eu só quero saber o que preciso fazer.
Essa frase é muito comum ao conversar
com técnicos de informática quando vão consertar meu computador, mecânicos
quando consertam meu carro.
Eu não quero muita explicação sobre o
que quebrou, porque quebrou e muito menos os caminhos que eles percorreram para
me entregar os equipamentos funcionando.
Quando começam explicar, depois de cinco minutos minha mente já está em outro lugar... eu só quero ouvir uma única frase: Pronto. Está tudo certo, pode usar novamente.
Entendo que para muitas pessoas falar sobre autoconhecimento, saúde emocional é tão maçante quanto para mim entender de tecnologias para consertar equipamentos. Por isso, é notório pessoas acharem que em poucas horas/dias é possível “consertar” situações complexas advindas de uma infância, adolescência e que reverberam na fase adulta.
Dizer para uma pessoa que suas angústias, medos, inseguranças entre outras emoções não compreendidas atrapalham sua carreira, seus relacionamentos e para ajustá-las , será preciso olhar, mexer e mudar (algumas até são muito doloridas), e a dor emocional é muito mais desconfortável do que a dor física. E sentir essa dor poucos estão dispostos.
Desta forma, os estudiosos sobre comportamento humano, insistem nestes temas: Saúde Mental, Inteligência Emocional e afins, para alertar sobre os riscos em nossa vida se não “consertamos” algumas peças que estão soltas e por isso a engrenagem não está rodando como deveria.
Preguiça mental, podemos usar este termo também para descrever o perfil das pessoas que não gostam e fogem do assunto, sobrepondo atividades como rota de fuga (excesso de trabalho, distração com redes sociais, uso em excesso de bebidas alcoólicas e drogas lícitas e ilícitas).
Mas o fato é que nada destes subterfúgios resolverão emoções “não agradáveis” e que os problemas continuarão, pode-se mudar de carreira, de emprego, de relacionamentos de cidade e até do país, mas não se esqueça, as emoções irão junto com você.
Não quero ser redundante caro leitor,
dizer da importância dos cuidados com a saúde mental, a divulgação sobre este
tema é maciça, apenas quero alertá-lo que se faz necessário essa visita para
dentro de si, limpar um pouco as crenças obsoletas, secar as mágoas (águas
paradas) e perdoar pessoas para que seus pensamentos fiquem mais transparentes
e assim consiga seguir com maior visibilidade sua trajetória.
Com o advento da pandemia, nossas vulnerabilidades ficaram escancaradas, o medo é o vilão, pois ele aumenta a ansiedade sobre o futuro, a incerteza sobre o presente e por muitas situações mal resolvidas no passado, o medo fica potencializado.
Quando obtemos equilíbrio emocional dentro do considerável, sentimos o medo de uma forma mais coesa, pois sabemos que os pensamentos interferem demais nas emoções, e assim conseguimos manejar a intensidade do medo
Charles Darwin nos
ensinou que:
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta as mudanças”
E agora a vida nos impõe: Se queres passar por este período bem, procure no mínimo conhecer-te um pouco mais, ajustar os “parafusos” para continuar com poucas sequelas emocionais desta lição que estamos passando.
Entre altos e baixos, vamos continuar nossa vida, a tecnologia já se posicionou no planeta terra, precisamos avançar no que tange autoconhecimento, pois a inteligência artificial, não conseguiu ainda interpretar os mais profundos sentimentos humanos e desta forma estamos em vantagem!
Reflita sobre este tema,
afinal a vida é da cor que a gente pinta! E sua saúde mental depende
exclusivamente do seu pincel!!!!
Marli Arruda
Psicóloga estrategista em gestão de
pessoas atua em empresas de diversos segmentos.
Escreve para blogs e revistas sobre comportamento
humano e participa de alguns programas de rádio e tv.
Coordenadora editorial do livro
Networking & Empreendedorismo