Estamos há cinco meses em isolamento social, e as informações que chegam até nós são de que teremos pelo menos mais cinco meses pela frente de manutenção de cuidados necessários e isolamento social,quando possível, pois é o prazo previsto para iniciar-se o processo de vacinação.
No início do período,
muitas pessoas acreditavam que seria um curto espaço de tempo para ter a sua
vida costumeira de volta, mas as dificuldades que surgiram e o desenrolar
mostrou que está sendo mais extenso.
Os fatores
determinantes desse tempo são múltiplos, mas não entrarei nesse aspecto, mas
sim nos efeitos provocados na saúde mental das pessoas.
Em maio, a OMS já
previa um aumento de casos de Depressão e Ansiedade - as causas estariam
ligadas ao confinamento, medo de adquirir o vírus, luto por perda de entes
queridos, relacionamentos familiares e interpessoais difíceis, entre outros.
No mesmo período, foi realizada uma pesquisa pela
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) com cerca de 400 médicos de 23
estados e do Distrito Federal, correspondentes a 8% do total de psiquiatras do
país, que relataram um agravamento e aumento de casos, mas também se
verificou que muitos pacientes deixaram de se consultar por medo de se
contaminarem (Agencia Brasil, 15/05/2020).
Além disso, nem todos os trabalhadores ou empreendedores
tiveram a sorte de se manter ativos, houveram demissões, perdas financeiras
acentuadas para muitos, o que também têm gerado muito estresse, exigindo uma
reorganização de vida dentro da nova realidade existente. Isso impacta
diretamente nas respostas psicoemocionais, de acordo com a gravidade da
situação.
Aqueles profissionais que foram colocados em home office, tiveram que adaptar a sua dinâmica pessoal e familiar aos novos tempos, um desafio inicial, passaram por período de adaptação, para alguns mais tranqüilo, para outros com muitas dificuldades. Alguns com filhos pequenos, ou em idade escolar, precisando de atenção para estudar. O fato é que esse isolamento trouxe conseqüências, algumas não muito favoráveis, levando a desordens psicoemocionais, como Depressão e Ansiedade.
Aqueles profissionais que foram colocados em home office, tiveram que adaptar a sua dinâmica pessoal e familiar aos novos tempos, um desafio inicial, passaram por período de adaptação, para alguns mais tranqüilo, para outros com muitas dificuldades. Alguns com filhos pequenos, ou em idade escolar, precisando de atenção para estudar. O fato é que esse isolamento trouxe conseqüências, algumas não muito favoráveis, levando a desordens psicoemocionais, como Depressão e Ansiedade.
Um estudo realizado pela FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz),
a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a UNICAMP (Universidade
Estadual de Campinas) revela que desde o início da pandemia as pessoas entre 30
e 39 anos tiveram um aumento de 18% no consumo de álcool.
As justificativas são as mais diversas, mas podemos
ressaltar a busca por um alívio ao estresse, a angústia psicológica, o
isolamento social e a incerteza sobre o futuro causados pela pandemia, como
também para aliviar a ansiedade, depressão e o medo.
Mas é
importante ressaltar que é uma forma ilusória, pois o relaxamento e o alívio
imediatos podem gerar outros transtornos de sono e aumentar a ansiedade;vale
ressaltar, que o aumento da freqüência da ingestão alcoólica pode levar à baixa
da imunidade e aumento do risco de infecções bacterianas e virais, porta aberta
para o COVID-19.
Observamos
que um segmento profissional altamente atingido pelos efeitos psicoemocionais
da Pandemia são os profissionais de saúde, que antes já tinha um estresse
considerável.
Segundo a OMS,
durante a pandemia, na China, os profissionais de saúde relataram altas taxas de
depressão (50%), ansiedade (45%) e insônia (34%) e, no Canadá, 47% dos
profissionais de saúde relataram a necessidade de suporte psicológico.
A UNIFESP (Universidade
Federal do Estado de São Paulo), iniciou uma pesquisa que revelou que uma das
maiores preocupações dos médicos durante a pandemia é o de infectar familiares,
o que vem acontecendo com muita freqüência, levando muitas vezes o profissional
a se isolar da própria família. Os profissionais apontam ainda o medo com a
própria infecção, estresse e insegurança. Existe uma preocupação grande por
parte das instituições de que haja uma elevação da Síndrome de Burnout, ou
Síndrome do Esgotamento Profissional destes profissionais.
A OMS estende essa
preocupação a todos os profissionais de saúde que estão atuando na linha de
frente de hospitais, pois o estresse e a pressão são grandes, este é um grupo
de grande vulnerabilidade que pode sofrer severos problemas de saúde mental
como Ansiedade, Depressão e Síndrome de Burnout.
Também não podemos
nos esquecer do estresse, angústia e ansiedade dos profissionais de serviços
essenciais, que mantiveram suas atividades, utilizando transporte público nos
picos mais elevados da pandemia. Muitas vezes preocupados com familiares de
idade elevada, ao voltarem para casa depois de um dia de trabalho.
Verificamos neste
período um aumento da população de rua, pessoas que perderam fontes de renda, e
se viram nas condições mais extremadas para sobrevivência, muitos enfrentam
dramas emocionais, e só se valem da solidariedade humana.
Observamos que a
abertura para uma interlocução social está acontecendo, algumas pessoas, não
suportando mais as restrições impostas por tanto tempo, acabam se expondo a
riscos maiores do que o recomendável.
Tudo ainda é muito
insipiente, vencer os próximos cinco meses requer uma atenção aos cuidados não
só de nossa saúde física como emocional, buscar soluções criativas que nos
permitam retomar as imposições desse novo diferente.
As lições desta
Pandemia para mim são:
- Desenvolva sua
flexibilidade,assim poderá se reinventar a cada nova situação.
- Planeje suas ações
baseado em fatos reais, assim as conseqüências serão mais previsíveis, mas
esteja atento a mudar de curso se necessário.
- Utilize o seu poder
de adaptação, através dele poderá obter melhores resultados em sua vida.
- Desenvolva boas
relações interpessoais sempre, isso vai te propiciar bons momentos, mesmo
diante das dificuldades.
Valorize a sua vida
acima de tudo, não deixe os seus cuidados essenciais para amanhã, você é a
pessoa mais importante para você, assim poderá viver bem com os outros.
Muitos ao nosso redor
vão precisar de ajuda, por perdas de entes queridos, ou por outras questões,
por isso preserve e mantenha seu equilíbrio emocional.
Natalia Marques
Psicóloga/ Coach e Palestrante
Master Coach, Psicóloga, Especialista em Saúde
Organizacional
Site e Blog www.nataliamantunes.com.br
Siga-me no Instagram @coachnataliantunes
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