Por: Bento Jesus Guastalli
As mulheres caminham a largos passos rumo ao
desenvolvimento de um ambiente de trabalho que favoreça a competência, a
colaboração, a especialização e a transparência, valores que se tornam cada vez
mais fundamentais para a sobrevivência da liderança no trabalho.
Um recente estudo da OIT – Organização
Internacional do Trabalho mostrou que a presença feminina em cargos executivos
é um dos fatores que contribui para maior desempenho e lucratividade das
empresas, já que de 75% das que optaram por mulheres no comando, cerca de 5% a
20% tiveram um aumento considerável nos lucros.
Mas, mesmo sensíveis à diversidade e tão ou
mais capacitadas que os homens, a resistência à liderança feminina infelizmente
ainda é um obstáculo na maior parte das empresas.
Os números ratificam a afirmação de que a
competência feminina é amplamente ignorada. Segundo dados do IBGE, os homens
ainda ocupam 58,9% dos cargos executivos dentro das corporações e, quando tais
posições são das mulheres, a remuneração recebida é aproximadamente 20% menor.
O curioso – e preocupante – é que essa
discriminação também vem do público feminino. Não é raro encontrarmos mulheres
que endossam tal discurso, atacando profissionais e executivas por serem mães,
por exemplo.
Cuidar da família e criar os filhos é considerado
uma responsabilidade quase que exclusiva materna e incompatível com o mercado
de trabalho. Ascender no organograma empresarial, ocupando cargos de liderança,
é também visto por muitas mulheres como um abandono às responsabilidades
domésticas e familiares. É preciso derrubar esse arquétipo patriarcal de que a
mulher é cuidadora e o viés inconsciente de que o homem nasceu para liderar. As
empresas precisam promover a colaboração, a integração entre as pessoas e ter a
liderança exercida pela competência e não mais pelo gênero.
#ibade |
Há um imenso potencial criativo que está à
margem do mercado ou é mal aproveitado nas empresas.
É passada a hora de sermos agentes ativos dessa
transformação, abrindo espaço para quem realmente quer fazer a diferença. Só compreendendo as nuances da atualidade nos
livraremos do preconceito e nos tornaremos capazes de desenvolver um mercado
amplamente competitivo e uma nação que cresce por inteiro e de forma
consistente. Pessoas com olhares distintos trazem soluções plurais.
O tempo da simpatia passou.
É hora de sermos empáticos.
Bento Jesus Guastalli –
Bacharel em Administração
Mestrado em Gestão
Pública.
Jornalista CEO – IBADE –
Instituto Brasileiro de Assessoria em Desenvolvimento.
bentoguatalli@ibadeinstituto.com.br
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