quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Estresse, Trabalho e Saúde

 Por: Natália Marques:

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) o estresse atingi 90% da população, é o grande responsável pelo aumento da incidência de doenças afetivo emocionais (Depressão, Ansiedade, Fobias, Síndrome do Pânico e Síndrome de Burnout), físicas (Cardiopatias, Diabetes, Câncer...), bem como comportamentais (utilização de Álcool e Drogas – licitas e ilícitas).

Esse grande vilão na verdade tem por obrigação proteger o homem como o sistema imunológico. Desde o tempo das cavernas o homem se deparava com os elementos estressores. O estresse cumulativo e crônico leva a um comprometimento neuropsicofisiológico e consequentemente a um rebaixamento do sistema imunológico.

No decorrer da história da humanidade, o homem ser ilimitado em suas potencialidades de conhecimento, foi criando sistemas cada vez mais complexos e rápidos, aos quais se submete, mas nem sempre o seu organismo suporta a carga advinda deles.

Como não podemos fugir e precisamos enfrentar nossos compromissos e obrigações, diante dos estressores do dia a dia, que podem ser positivos ou negativos, o nosso organismo vai disponibilizando cargas de hormônios para nos manter habilitados para continuarmos a nossa jornada.

Com a Pandemia, o relato de horas trabalhadas além do expediente normal aumentou e muito, estudos preliminares da OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que no Brasil 4% dos profissionais estão expostos a 55 horas semanais, alguns países chegam a atingir cerca de 33% de sua população. Verificou-se também uma ocorrência de risco maior de AVC (acidente vascular cerebral) e 17% mais de morrer por doenças cárdicas, em comparação com jornada de 35 a 40 semanais.

Na Pandemia, o número de horas extras aumentou (muitas vezes sem remuneração), substituindo as oportunidades de lazer, convívio social e familiar.

O estresse é cumulativo, segundo dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), os adoecimentos e mortes, podem acontecer na meia-idade ou mais velhos, ou seja, muito tempo depois dos excessos de horas trabalhadas.

O auto turnover e afastamentos por motivos de saúde, tem levado algumas empresas a rever seus protocolos de trabalho, gerando maior possibilidade de um ambiente mais saudável, mas muitas ainda não se deram conta do quanto isso prejudica a própria saúde e produtividade dos seus profissionais.

Não deixe o sinal de alerta acender, seja o protagonista de sua estória e de sua vida, aprenda a colocar limites, a dizer o “Sim” e o “Não” de forma assertiva, para não ter consequência mais sérias, prevenir a sua saúde é menos custoso do que curar.

A atividade física é fundamental para recarregar as energias e promover a descarga de hormônios positivos; incluir a Meditação tradicional ou Mindfulness como uma prática diária é uma sugestão.

“O estresse não é o mal do século. O mal do século é não saber administrá-lo” tenho que concordar com a Leila Navarro, mas para isso é necessário autoconhecimento e resiliência.

 

Natalia Marques - Psicóloga Clínica, Coach e Palestrante

Especialista na Psicoterapia na Abordagem Resiliente




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